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Submarino some misteriosamente perto da 'Geleira do Juízo Final'

Chamado de Ran, o veículo não foi encontrado e as buscas foram suspensas

Contando com o submarino desaparecido, há apenas três submersíveis científicos desse tipo no mundo

Contando com o submarino desaparecido, há apenas três submersíveis científicos desse tipo no mundo

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 06h38.

Um submarino não tripulado da Universidade de Gotemburgo, da Suécia, desapareceu na Antártida no mês passado. O equipamento estava recolhendo informações sobre a chamada "Geleira do Juízo Final" para estudos seus potenciais efeitos no aumento do nível do mar. Chamado de Ran, o veículo não foi encontrado e as buscas foram suspensas.

Contando com o submarino desaparecido, há apenas três submersíveis científicos desse tipo no mundo, capazes de mergulhar em profundidades antes consideradas inatingíveis. O desaparecimento do Ran é uma perda para a pesquisa sobre mudanças climáticas.

 É também uma perda para a Universidade de Gotemburgo, que comprou o Ran por 38 milhões de coroas suecas, cerca de $3,6 milhões em dólares americanos, em 2015, segundo a própria universidade em comunicado à imprensa.

Ao contrário de outros veículos subaquáticos não tripulados operados remotamente, o Ran navega nessas profundidades autonomamente. Sua rota é programada antecipadamente e ele usa um sistema de navegação para encontrar o caminho de volta à superfície após completar um mergulho.

Em sua missão mais recente, o Ran estava coletando imagens e dados de close-up da parte inferior da geleira quando os pesquisadores perderam contato. Ele nunca ressurgiu no ponto de retorno pré-programado.

'Geleira do Juízo Final'

A maior geleira da Terra ganhou seu apelido, em parte, por conta de seu tamanho. Ela mede aproximadamente 130 milhas de largura, e seu derretimento atualmente contribui com cerca de 4% do aumento global do nível do mar. Se ele colapsasse completamente, os níveis do mar globais aumentariam 63 centímetros.

O Departamento de Ciências Marinhas da Universidade espera eventualmente substituir o Ran e continuar suas expedições na região. "Graças ao Ran, nos tornamos os primeiros pesquisadores do mundo a entrar na geleira em 2019", disse a universidade em comunicado. "Os dados que recebemos do Ran são únicos no mundo e de grande valor para a pesquisa internacional."

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