O submarino nuclear russo "Kazan" (à esquerda) e a fragata "Almirante Gorshkov" na chegada à Baía de Havana em 12 de junho de 2024 (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 12 de junho de 2024 às 11h16.
Um destacamento naval russo, que inclui o submarino nuclear "Kazan", chegou nesta quarta-feira, 12, a Cuba para uma visita de cinco dias à ilha, informou a AFP.
Minutos antes das 08h00 locais (09h00 no horário de Brasília), o petroleiro "Pashin" entrou na baía de Havana na vanguarda da flotilha, seguido pelo rebocador de resgate "Nikolai Chiker" decorado com listras brancas, azuis e vermelhas da bandeira russa.
Em uma manhã cinzenta devido ao nevoeiro e à chuva persistente da noite anterior, o submarino nuclear "Kazan" apareceu no horizonte. Atrás dele, a fragata "Almirante Gorshkov" se aproximava da baía que faz fronteira com a capital cubana.
O navio-patrulha da Marinha Real do Canadá HMCS Margaret Broooke também chegará na sexta-feira à ilha, no contexto do 80º aniversário das relações diplomáticas entre Cuba e Canadá, informou o Ministério das Relações Exteriores cubano.
O Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (Minfar) indicou na semana passada que os navios russos não transportam armas nucleares e não representam uma "ameaça à região".
A chegada desta frota ocorre no mesmo dia em que o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, e seu homólogo russo, Sergei Lavrov, se reuniram em Moscou, informou a Chancelaria de Cuba.
A visita da fragata russa "cumpre estritamente as normas internacionais das quais Cuba é Estado parte" e responde às "históricas relações de amizade" entre Havana e Moscou, afirmou o Exército cubano.
A visita deste destacamento naval ocorre um mês depois de o presidente Miguel Díaz-Canel ter desejado sucesso a Moscou no conflito com a Ucrânia, durante uma visita à Rússia em que acompanhou o presidente Vladimir Putin no desfile comemorativo da vitória soviética contra os nazistas em 1945.
"Desejamos à Rússia sucesso na condução da operação militar especial", disse Díaz-Canel, que condenou "a manipulação geopolítica" dos Estados Unidos e a "ameaça da Otan de se aproximar das fronteiras" da Rússia, citado pela agência russa de notícias TASS.