Submarino do Titanic: Guarda Costeira dos EUA anuncia investigação sobre a implosão do submersível
A Guarda Costeira informou que criou um conselho de investigação marinho (MBI), o maior nível de investigação, para a tragédia no Atlântico Norte que chamou a atenção mundial
Titan: Um campo de destroços foi encontrado no fundo do mar, 500 metros da proa do Titanic, que está a quase quatro quilômetros de profundidade e 600 km da costa de Terranova, Canadá (AFP/AFP)
A Guarda Costeira informou que criou um conselho de investigação marinho (MBI), o maior nível de investigação, para a tragédia no Atlântico Norte que chamou a atenção mundial.
"Meu objetivo principal é evitar um incidente similar com as recomendações necessárias para aumentar a segurança do domínio marítimo em todo o mundo", disse Jason Neubauer, investigador-chefe da Guarda Costeira, em uma entrevista coletiva em Boston. "O MBI já está na fase inicial da coleta de evidências, incluindo operações de resgate dos destroços no local do incidente", acrescentou.
Neubauer disse que a investigação americana também pode fazer recomendações sobre a possível busca de sanções civis ou criminais "se for necessário".
Titan foi considerado desaparecido no dia 18 de junho e a Guarda Costeira anunciou na quinta-feira, 22, que as cinco pessoas a bordo do submersível morreram depois que o navio sofreu uma implosão catastrófica.
Um campo de destroços foi encontrado no fundo do mar, 500 metros da proa do Titanic, que está a quase quatro quilômetros de profundidade e 600 km da costa de Terranova. O Canadá, que ajudou nas buscas do submersível, também anunciou uma investigação.
O cargueiro Polar Prince, de bandeira canadense, rebocou o Titan para o mar no fim de semana anterior, mas perdeu contato com o submersível uma hora e 45 minutos depois que o navio iniciou a descida para a área de naufrágio do Titanic. O anúncio da implosão encerrou uma operação multinacional de busca e resgate que chamou a atenção do mundo desde o desaparecimento da embarcação turística.
O que aconteceu os corpos das vítimas da implosão do submersível?
Ainda não ficou claro em que momento exatamente desde que o submersível desapareceu, no último domingo, ocorreu a implosão – e se os tripulantes de fato morreram apenas no momento, ou antes. A única certeza é que éimpossível um indivíduo ter sobrevivido à experiência. “Eles teriam sido feitos em pedaços”, disse o especialista.
"O casco de pressão é a câmara onde residem os ocupantes. Parece que eles chegaram ao fundo quando o vaso de pressão implodiu e, geralmente, quando cede, cede de uma só vez. Parece que foi o cilindro de fibra de carbono que cedeu e resultou na implosão", avaliou Molé.
É o que explica também Nicolai Roterman, um ecologista de águas profundas da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido. Ele conta que bastaria uma única quebra na estrutura do submersível naquela profundidade para a embarcação ceder imediatamente, e os tripulantes morrerem.
"Se houvesse qualquer tipo de quebra no casco, os ocupantes sucumbiriam ao oceano em um instante", disse ao DailyMail.
Falhas no sistema de oxigenação
Além disso, falhas no sistema de oxigenação podem ter levado os passageiros a chegarem no momento da implosão já vivendo efeitos de algo chamadonarcose de nitrogênio, também conhecido como embriaguez das profundezas.
A partir de 30 metros de profundidade, há a necessidade de um suporte respiratório específico que mistura oxigênio diluído em gás hélio. Quando ele não funciona adequadamente, o aumento do nitrogênio provoca sintomas semelhantes à intoxicação por álcool, como problemas no raciocínio, desorientação, e até mesmo euforia.
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