Strauss-Kanh, de 72 anos, nega todas as acusações (Richard Drew/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2011 às 16h13.
O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn se apresentará nesta segunda-feira ao Tribunal Penal de Nova York para se declarar inocente dos crimes sexuais contra uma camareira de um hotel de Manhattam no dia 14 de maio, um caso que mexeu com a opinião pública mundial.
Strauss-Kahn passou o dia de domingo no luxuoso apartamento no sul de Manhatan em que cumpre prisão domiciliar, e na segunda-feira vai falar publicamente pela primeira vez desde que foi detido no aeroporto Kennedy de Nova York a bordo de um avião que se preparava para decolar rumo à França.
Os advogados do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Benjamin Brafman e William Taylor, afirmaram diversas vezes que o cliente se declara inocente.
Brafman - um respeitado advogado de Nova York que já defendeu e salvou vários famosos com problemas na justiça - afirmou que Strauss-Kahn "será libertado", em entrevista ao canal de televisão francês M6 transmitida hoje.
"Não quero entrar nos detalhes do caso por enquanto, mas estou confiante, não penso que Strauss-Kahn, de alguma maneira, seja culpado das acusações e posso adiantar que será libertado".
Respondendo por sete acusações de crimes sexuais que podem prendê-lo por 74 anos, Strauss-Kahn era visto como o candidato favorito pelo partido socialista às eleições presidenciais francesas de 2012, mas este escândalo pôs fim a estas aspirações e o forçou a renunciar ao cargo no FMI.
Com a declaração de inocência, a promotoria deverá apresentar provas da veracidade da denúncia da camareira de 32 anos cuja identidade não foi revelada. Caso se declare culpado, não haverá processo e o juiz deverá decidir a pena.