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Strauss-Kahn vai se apresentar nesta sexta ao Tribunal de NY

Strauss-Kahn, cuja audiência estava prevista inicialmente para 18 de julho, é acusado de tentativa de estupro e agressão sexual

Além de pagar esse montante milionário, o ex-diretor do FMI foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica (Spencer Platt/Getty Images)

Além de pagar esse montante milionário, o ex-diretor do FMI foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2011 às 21h46.

Washington - O ex-diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em prisão domiciliar em Manhattan, vai se apresentar na manhã desta sexta-feira (horário local) ao Tribunal Penal de Nova York, anunciou a promotoria nesta quinta-feira.

"Espera-se que Dominique Strauss-Kahn apresente-se diante do tribunal amanhã pela manhã", às 11h30 locais (12h30 de Brasília), afirmou a porta-voz da promotoria, Erin Duggane, no e-mail.

Strauss-Kahn, cuja audiência estava prevista inicialmente para 18 de julho, é acusado de tentativa de estupro e agressão sexual contra uma funcionária de um hotel de Nova York em 14 de maio.

O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) declarou-se inocente em 6 de junho de sete acusações por crimes sexuais diante de um tribunal penal de Manhattan.

Contatada por telefone pela AFP, o escritório da promotoria insistiu que não dará informações adicionais sobre a audiência de sexta-feira, que não tinha sido anunciada.

O escritório de um dos advogados de Strauss-Kahn, Benjamin Brafman, também contatado por telefone, não quis fazer comentários.

Segundo o jornal New York Times, que cita uma fonte próxima ao caso, a defesa tentará na sexta-feira flexibilizar as condições da prisão domiciliar sob fiança da qual Strauss-Kahn goza atualmente.

Após passar duas noites em uma delegacia do Harlem e quatro na prisão de Rikers Island, Strauss-Kahn conseguiu mudar para prisão domiciliar em um luxuoso apartamento de Manhattan depois de pagar uma fiança de 1 milhão de dólares.


Além de pagar esse montante milionário, o ex-diretor do FMI foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica, restringir-se a um regime de saídas e visitas muito rígido e entregar todos seus documentos de viagem.

Na quinta-feira, o jornal francês Libération indicou que a defesa do político francês poderá tentar questionar a legalidade da sessão de identificação do acusado por parte de sua suposta vítima - uma mulher de 32 anos - no dia seguinte à sua detenção na delegacia do Harlem.

Segundo Libération, Brafman e William Taylor, o outro advogado de Strauss-Kahn, argumentarão que a mulher já tinha visto o rosto do ex-diretor do FMI ao menos duas vezes antes da identificação, o que serviria para pedir sua nulidade.

"Isso poderá permitir descartar a sessão de identificação do processo e, portanto, afetaria a acusação", reconheceu na quinta-feira à AFP o professor de Direito da Universidade de Nova York, Alexander Reinert.

"Mas há muitos mais elementos de identificação em um caso como este, entre eles evidentemente o DNA, e outras provas da presença dos dois protagonistas em um mesmo quarto de hotel no mesmo momento", afirmou.

Strauss-Kahn renunciou a seu cargo no FMI poucos dias depois de sua prisão.

A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, foi eleita na terça-feira como sua substituta.

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