Segundo o FMI, a pensão de Strauss-Kahn ficará abaixo de US$ 252 mil por ano (Richard Drew/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2011 às 16h09.
Washington - O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn receberá uma indenização de US$ 250 mil, além de uma pensão vitalícia não especificada por sua saída abrupta do organismo.
O FMI confirmou nesta sexta-feira que, como tinham informado previamente alguns meios de comunicação, o ex-diretor-gerente receberá uma indenização de US$ 250 mil.
O organismo também reconhece que o economista francês, acusado de abuso sexual e tentativa de estupro, receberá uma pensão vitalícia, mas nega que o valor seja de US$ 250 mil a US$ 320 mil anuais, como afirmaram alguns veículos.
Os números que a imprensa forneceu sobre a pensão anual e outros emolumentos "foram superestimados", disse o FMI em comunicado.
"A pensão anual que (Strauss-Kahn) receberá nos próximos anos será muito, muito inferior a esse número", acrescentou o organismo.
Segundo os termos do contrato que Strauss-Kahn assinou quando assumiu o cargo em novembro de 2007, disponível no site do organismo, ele tem direito de participar dos planos de pensões do FMI, como qualquer funcionário que tenha trabalhado no fundo por pelo menos três anos.
Segundo a "ABC News", pelo seu salário, a pensão que ele receberia seria de US$ 252 mil, enquanto, de acordo com o "CNBC", nestes três anos seu salário aumentou pela inflação, por isso que esse valor poderia chegar a US$ 318 mil ao ano.
O contrato assinado não contempla a possibilidade de a pensão ser suspensa mesmo se Strauss-Kahn for considerado culpado.
O ex-diretor-gerente do FMI recebeu na quinta-feira a liberdade sob fiança de US$ 1 milhão e ficará em prisão domiciliar até que se realize seu julgamento.
Na quarta-feira, o FMI emitiu um comunicado de Strauss-Kahn no qual anunciava sua renúncia e negava "com a mais absoluta firmeza" todas as acusações feitas contra ele.
Segundo o comunicado, ele abandonava o cargo "com uma infinita tristeza" e pensando, em primeiro lugar, em sua mulher, seus filhos, outros parentes e amigos.
Strauss-Kahn acrescentou que tomava esta decisão por querer proteger o FMI, "ao qual serviu com honra e devoção", e, "especialmente", por querer dedicar toda sua força, seu tempo e sua energia "a provar sua inocência".