Strauss-Kahn retornou à Paris após ficar preso por quatro meses em Nova York e depois do processo ter sido arquivado (AFP/ Stan Honda)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2011 às 12h29.
Paris - O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn, que voltou neste domingo a Paris, dará explicações públicas "nos próximos 15 dias" sobre as acusações de ter agredido sexualmente uma camareira em Nova York.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira por Anne Hommel, amiga do político socialista francês, diante de vários jornalistas e câmeras de televisão que aguardavam notícias de Strauss-Kahn em frente a casa dele, no centro da capital francesa.
"Será mais fácil para todos se ele e a esposa puderem circular normalmente", acrescentou Anne, que pediu à imprensa que deixe o casal e os moradores e comerciantes da área onde Strauss-Kahn vive, o bairro de Le Marais, tranquilos.
Strauss-Kahn retornou no domingo à capital francesa após ficar preso por quatro meses em Nova York e depois da causa contra ele por suposta agressão sexual a uma camareira ter sido arquivada.
O jornal Le Monde informa que está previsto um discurso na televisão do ex-diretor-gerente do FMI para os próximos dez dias. Segundo o jornal, sua intenção é "reconstruir uma relação com a opinião pública que permita considerar que ainda pode ser útil ao país".
O porta-voz do Partido Socialista (PS), Benoît Hamon, considerou o retorno de Dominique Strauss-Kahn uma "boa notícia", embora tenha acrescentado que não muda "nada no calendário" do partido e nas primárias para escolher o candidato às eleições presidenciais de 2012.