Nome do ex-dirigente do FMI tfoi citado em escutas realizadas durante a investigação no início do ano (Francois Guillot/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2011 às 21h16.
Paris - A aparição de forma repetida do nome de Dominique Strauss-Kahn como possível cliente de uma rede de prostituição ilegal investigada pela justiça francesa torna cada vez mais provável uma declaração como testemunha do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A rede de televisão 'France 2' antecipou neste sábado que o comparecimento de Strauss-Kahn, que ele mesmo solicitou para aplacar os rumores, pode acontecer nos próximos dias.
Principalmente depois que ontem outras três pessoas foram acusadas, entre elas o comissário da Polícia de Lille, Jean-Christophe Lagarde, acusado de favorecimento de prostituição e receptação de desvio de bens, e que está em liberdade sob controle judicial.
Lagarde é acusado de ter se encarregado de levar prostitutas a grupos de clientes entre os quais o jornal 'Le Figaro' citou diretores do clube de futebol de Lille, funcionários do departamento dessa cidade, um antigo ministro, diretores de um grupo de imprensa e Strauss-Kahn.
Como o comissário, também foram processados o empresário Fabrice Paszkowski e sua ex-mulher, Virginie Dufour, da mesma forma que o diretor da Eiffage David Roquet, a quem a empresa de construção afastou de seu cargo em caráter preventivo.
Em uma batida na casa de Roquet, segundo 'Le Figaro', foram encontradas faturas vinculadas a este caso e em algumas delas aparecia menções a Strauss-Kahn.
O nome do ex-dirigente do FMI também foi citado em escutas realizadas durante a investigação no início do ano.
O cenário judicial parecia melhorar para Strauss-Kahn na França depois que a jornalista francesa Tristane Banon, cuja denúncia por tentativa de estupro contra Strauss-Kahn foi arquivada, informou por meio de seu advogado que não abrirá um processo civil contra o político. EFE