Organizações feministas protestaram contra a entrevista e convocaram uma manifestação diante da emissora (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2011 às 20h39.
Paris - Pela primeira vez desde que foi acusado de tentativa de estupro pela camareira de um hotel de Nova York em maio, o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn dará explicações públicas durante o telejornal de maior audiência da França, onde é objeto de uma denúncia similar.
Pelo tempo de 20 minutos, Strauss-Kahn, que até maio era o grande favorito socialista para a eleição presidencial francesa de 2012, será entrevistado às 20H00 locais (15H00 de Brasília) por Claire Chazal, apresentadora do telejornal do canal TF1, amiga de sua esposa Anne Sinclair.
Com exceção de poucas palavras pronunciadas em 23 de agosto em Nova York, depois que a justiça americana arquivou as acusações apresentadas por Nafissatou Diallo, uma guineana de 32 anos, o ex-diretor do FMI ainda não falou em público.
Segundo o Journal du Dimanche, Strauss-Kahn "dará explicações e pedirá desculpas", duas semanas depois de ter retornado a França, onde é objeto de uma denúncia similar apresentada pela jornalista e escritora Tristane Banon, de 32 anos, por fatos acontecidos em 2003.
Uma pesquisa mostrou que 53% dos franceses esperam que neste domingo "DSK" anuncie a saída da vida política e 35% querem uma explicação sobre o que aconteceu em Nova York.
Organizações feministas protestaram contra a entrevista e convocaram uma manifestação diante da emissora.