"Não sou candidato a nada e pretendo descansar. Vou me dar um tempo para refletir", concluiu Dominique Strauss-Kahn. (David Karp/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2011 às 16h07.
Paris - O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, declarou neste domingo que cometeu uma "falha moral" no quarto de um hotel de Nova York em maio, mas negou ter feito um ato violento contra uma das camareiras.
Em entrevista a um canal da televisão francesa, Strauss-Kahn afirmou que não houve agressão no caso que provocou sua renúncia como diretor do FMI.
"Toda esta história é uma mentira", disse o político francês. Ele argumentou que as acusações contra ele foram retiradas nos Estados Unidos porque não há provas nem motivos para continuar com o caso.
Strauss-Kahn disse não ter intenção de negociar no processo civil que ainda está aberto contra ele por parte dos advogados da camareira do hotel Sofitel, Naffissatou Diallo.
Esta foi a primeira entrevista do ex-diretor do FMI desde que ele foi detido em maio no aeroporto de Nova York. Ele declarou que acha possível ter sido vítima de uma armadilha.
Além de Naffissatou, uma jornalista acusa Strauss-Kahn de tê-la agredido sexualmente na França. Questionado sobre suas relações com as mulheres, Strauss-Kahn argumentou que o aconteceu no hotel foi uma fraqueza, e manifestou seu respeito pelas mulheres. "Há quatro meses vi o dano que fiz a mim e ao meu redor", disse.
Sobre o futuro político, Strauss-Kahn confirmou que gostaria de ser candidato às eleições presidenciais de 2012 na França, mas não será.
"Não acho que seja meu papel me intrometer nas primárias", declarou sobre o processo de escolha do candidato do Partido Socialista.
"Não sou candidato a nada e pretendo descansar. Vou me dar um tempo para refletir", concluiu.