O filme detalha como Daniels ficou famosa com o escândalo (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 18 de março de 2024 às 19h21.
Um documentário lançado nesta segunda-feira, 18, relata as consequências do breve encontro que Stormy Daniels, uma das maiores estrelas do cinema adulto, supostamente teve com Donald Trump em 2006, da perspectiva da artista.
A produção chega à plataforma Peacock semanas antes de o ex-presidente ir a julgamento por supostamente ocultar os pagamentos para subornar a atriz pornô, um dos muitos casos que o pré-candidato do Partido Republicano enfrenta na esfera criminal.
O documentário se apoia em entrevistas e imagens contemporâneas para contar o que aconteceu quando a equipe de Trump tentou esconder a suposta relação enquanto ele fazia sua campanha pela Casa Branca, pagando 130.000 dólares (R$ 651.000 na cotação atual) à atriz pornô.
O filme detalha como Daniels ficou famosa com o escândalo, chegando a atrair multidões para seus shows de striptease, e como essa fama e atenção midiática também afetaram sua vida familiar.
Além disso, o documentário conta como o advogado Michael Avenatti inicialmente se aproximou para ajudá-la e manifestar apoio público, mas que depois descobriu-se que ele a estava roubando.
Stormy Daniels, que no documentário conta aos espectadores que é filiada ao Partido Republicano, se tornou momentaneamente uma heroína liberal pela forma como confrontou Trump em público.
"Ele nunca pensou que mulheres como eu importavam", disse ela em uma coletiva de imprensa que aparece no filme. "Isto acaba agora."
No julgamento que se aproxima, os promotores afirmam que Trump ocultou de forma ilegal um esquema de pagamento que implicava reembolsar seu ajudante de longa data Michael Cohen pelos pagamentos feitos à atriz para sepultar os detalhes da suposta relação.
Uma audiência marcada para 25 de março, em Nova York, vai determinar a data do julgamento.
Trump, que rejeita as acusações, enfrenta quatro casos criminais enquanto segue em campanha para voltar à Casa Branca. Enquanto isso, seus advogados trabalham para adiar todos os julgamentos para depois das eleições de 5 de novembro.