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STJ nega pedido de liberdade a Carlinhos Cachoeira

O advogado de defesa Márcio Thomaz Bastos adiantou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF)

O Empresário envolvido com a exploração de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a rede de influência do contraventor (José Cruz/Agência Brasil)

O Empresário envolvido com a exploração de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a rede de influência do contraventor (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 19h03.

Brasília - Por três votos a um, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta terça-feira o pedido de liberdade ao contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O advogado de defesa Márcio Thomaz Bastos adiantou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) com os mesmos argumentos e com novo pedido de liberdade para seu cliente. Ele afirmou que não há necessidade de manter Cachoeira preso e seria possível deixá-lo em liberdade impondo algumas restrições previstas em lei, como recolhimento do passaporte, comparecimento em juízo e a proibição para viajar.

Votaram pela manutenção da prisão de Cachoeira os ministros Gilson Dipp, Jorge Mussi, Marco Aurélio Bellizze. O único a votar pela liberdade de Cachoeira foi o ministro Adilson Macabu. Ele afirmou em seu voto que manter o contraventor preso significa antecipar uma punição, sendo que ele ainda não foi condenado. O ministro impunha a Cachoeira algumas restrições como a entrega do passaporte, a obrigação de permanecer em domicílio à noite e em feriados, comparecimento a juízo com a frequência que o magistrado determinar e a proibição de que mantenha contatos com determinadas pessoas que também possam fazer parte do esquema.

O advogado Márcio Thomaz Bastos admitiu que, numa eventual reconvocação pelo Congresso, Cachoeira poderá falar à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Ele afirmou que Cachoeira não poderia falar no depoimento desta terça-feira porque ainda precisa ser julgado pela justiça em Goiás e porque há uma ação tramitando que contesta a legalidade das escutas telefônicas feitas com autorização judicial. "Ele não podia falar neste momento", afirmou. "Ele pode voltar e falar". Bastos disse que, no dia 31 de maio e 1º de junho, Cachoeira será ouvido pela Justiça em Goiânia.

Cachoeira compareceu nesta terça-feira à CPI que investiga suas relações com agentes públicos e privados, mas valeu-se do direito constitucional de permanecer calado. Ele chegou a dizer, durante a reunião, que se for reconvocado, após as audiências que terá na Justiça, poderá falar à comissão.

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