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Sri Lanka destrói 300 presas de elefante contra tráfico

A destruição destes 1.529 quilos de marfim pretende chamar a atenção "local, nacional e global sobre o comércio devastador e ilegal de marfim"


	Marfim: o marfim foi triturado antes de ser incinerado em uma fábrica de cimento, após cerimônia budista de bênção para os elefantes sacrificados
 (Dinuka Liyanawatte / Reuters)

Marfim: o marfim foi triturado antes de ser incinerado em uma fábrica de cimento, após cerimônia budista de bênção para os elefantes sacrificados (Dinuka Liyanawatte / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 09h23.

Colombo - O Sri Lanka destruiu nesta terça-feira 359 presas de elefante africano, que pesavam mais de uma tonelada e meia e eram avaliadas em cerca de US$ 2,7 milhões (R$ 11 milhões) no mercado negro de marfim para dar o exemplo na luta contra a caça ilegal e o contrabando de animais.

"É um acontecimento importante", declarou o secretário-geral da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Selvagens de Fauna e Flora (CITES), John E. Scanlon, que destacou os "esforços coletivos globais em andamento para combater o comércio ilegal de vida selvagem",

A destruição destes 1.529 quilos de marfim pretende chamar a atenção "local, nacional e global sobre o comércio devastador e ilegal de marfim e a determinação do Sri Lanka e da comunidade global de acabar com ele", ressaltou Scanlon em discurso na capital do Sri Lanka, Colombo.

O marfim foi triturado em uma esplanada em frente a praia em Colombo antes de ser incinerada em uma fábrica de cimento, após uma cerimônia budista de bênção para os elefantes sacrificados, que foi assistida também por representantes de outras religiões com presença na ilha asiática.

As presas foram levadas à fábrica de cimento sob a proteção de alfândegas "para garantir que não nenhum pedaço saia dali", explicou à Agência Efe um porta-voz do serviço alfandegário do Sri Lanka, Leslie Gamini.

As presas foram confiscados em 2012 em Colombo em um navio que saiu do Quênia em direção a Dubai, e os testes de DNA constataram que procediam de elefantes da Tanzânia e de Moçambique.

O acordo CITES proíbe o comércio de marfim além da fronteira, embora estime que só sejam detectados 10% do tráfico ilegal, que tem na Ásia um de seus principais mercados, pela demanda da medicina tradicional e como artigo de luxo.

A caça ilegal de elefantes diminuiu pouco a pouco na África, desde o ápice em 2011, mas mesmo assim cerca de 30 mil elefantes são sacrificados a cada ano no continente por traficantes de marfim.

Vários especialistas atribuem essa queda à diminuição da população destes animais mais do que à efetividade do combate ao tráfico.

Tanzânia e Moçambique perderam metade de sua população de elefantes nos últimos seis anos por causa do tráfico ilegal de marfim, o que fez as Nações Unidas pedirem aos governos que tomem medidas mais duras contra essa caça ilegal.

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