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SP tem novo sistema de monitoramento de enchentes

Governo e população vão saber com até duas horas de antecedência sobre riscos de transbordamentos nos principais rios e córregos do estado

Rua Dr Gabriel Piza, na zona norte de SP: embaixo de água após enchente de verão.

Rua Dr Gabriel Piza, na zona norte de SP: embaixo de água após enchente de verão.

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 16h14.

São Paulo - Todos os anos durante as chuvas torrenciais de verão, São Paulo sofre com o mesmo problema: as enchentes, que deixam milhares de desabrigados e, mais grave, algumas vítimas fatais. Para minimizar os impactos das chuvas, o governo estadual criou um novo sistema de monitoramento que emite um alerta de enchentes em regiões críticas com até duas horas de antecedência.

Apresentado nesta quarta (13), o novo sistema, que custou R$ 2 milhões, permitirá o envio de informações a autoridades estratégicas, como a Defesa Civil, sobre possibilidades de inundações nos principais rios e córregos da região metropolitana. No caso da capital, os dados também serão repassados ao CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) e à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

O monitoramento permitirá a formulação de ações de defesa civil e contenção, com até duas horas de antecedência. Segundo a Secretaria de Saneamento e Energia do estado, "a informação precisa ser dada com antecipação adequada para que medidas possam ser tomadas para garantir a segurança física da população".

Para realizar o monitoramento, o sistema cruza dados meteorológicos (chuvas) e hidrológicos (níveis d'água nos rios e córregos) coletados por meio de uma rede de estações telemétricas e de um radar meteorológico. A transmissão destes dados é feita automaticamente em intervalos de tempo de dez minutos para centrais de processamento.

Os dados serão acompanhados em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias, em duas centrais, uma na rua Boa Vista, no centro da capital, e a outra em Piracicaba. Atualmente estão instalados um total de 200 postos de monitoramento. Até o final do ano, segundo o governo do estado, serão instalados mais 40 postos.

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