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SP investe em backup contra apagão na Copa

Segundo presidente da AES Eletropaulo, Britaldo Soares, reduzir os efeitos de uma eventual interrupção de energia não significa dizer que o Itaquerão é “à prova de bala”

Segundo especialistas, a falta de luz é um risco que não pode ser ignorado na Copa 2014 (Egberto Nogueira/imafortogaleria)

Segundo especialistas, a falta de luz é um risco que não pode ser ignorado na Copa 2014 (Egberto Nogueira/imafortogaleria)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 21 de novembro de 2011 às 17h09.

São Paulo – Imagine a cena: em plena final da Copa do Mundo, enquanto o mundo todo assiste aos momentos decisivos desse mega evento esportivo pela TV, um apagão deixa tudo no escuro, inclusive a partida de futebol. A falta de luz é um risco que não pode ser ignorado na Copa que o Brasil vai sediar em 2014.

Para reduzir os efeitos de uma pagão durante os jogos em São Paulo, a AES Eletropaulo definiu um programa de investimento para a Copa de 300 milhões de reais. Boa parte disso será alocado para a construção de duas novas subestações para atender a demanda de energia do Estádio do Corinthians, que vai receber seis partidas de futebol da competição.

Segundo o presidente da distribuidora, Britaldo Soares, uma das subestações servirá como backup para uma eventual interrupção. “Isso não significa dizer que o estádio será à prova de bala. Energia elétrica não é só distribuição, tem também o setor responsável pela geração e pela transmissão. É preciso ter um alinhamento de providências aí”, defendeu, durante o EXAME Fórum Energia, nesta segunda, em São Paulo.

Prevenir para não queimar o filme
Para Mauricio Girardello, sócio da PricewaterhouseCoopers, um apagão poderia afetar a imagem do país. “Por mais que se mitiguem os risco, se faltar luz no coração do evento, teremos um problema de imagem”, alertou. Segundo Girardello, nem mesmo a África do Sul, que estava “armada” com vários backups escapou deste infortúnio, em 2010. “Nas quartas de final faltou energia por 20 minutos, por falha dos geradores”, diz. Segundo ele, o Rio de Janeiro é a cidade que corre mais riscos, por receber um número maior de partidas e também de turistas.

Oportunidade para gás

“A Copa do Mundo também é uma oportunidade para os estados investirem em infraestrutura e melhorar o que precisa de reparo”, afirmou Bruno Armbrust, presidente da CEG, concessionária responsável pelo fornecimento de gás na cidade do Rio de Janeiro. No começo do ano, a prefeitura assinou um convênio para fazer uma mapeamento digital inédito do subsolo da cidade. A primeira fase do projeto abrangerá todo o Centro do Rio, área com as redes mais antigas. “Isso nos dará a possibilidade de criar uma única base de sobre o subterrâneo carioca e melhorar a gestão das obras”, ressaltou.

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