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Sorbonne quer combater assédio de professores

O objetivo da campanha é combater o sexismo e práticas abusivas entre o pessoal das oito instituições que fazem parte do complexo


	Sorbonne contra o assédio sexual: o objetivo da campanha é combater o sexismo e práticas abusivas entre o pessoal das oito instituições que fazem parte do complexo
 (Creative Commons)

Sorbonne contra o assédio sexual: o objetivo da campanha é combater o sexismo e práticas abusivas entre o pessoal das oito instituições que fazem parte do complexo (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 13h26.

Paris - A Sorbonne Paris, o mais importante conglomerado de universidades da França, está em campanha contra o assédio sexual de estudantes por professores - algo inédito na história da instituição e do ensino superior francês.

O objetivo é combater o sexismo e práticas abusivas entre o pessoal das oito instituições que fazem parte do complexo. Ao todo, 50 mil estudantes serão alvo da campanha contra atitudes impróprias de caráter sexual.

Oito instituições - as Universidades Sorbonne Nouvelle, Paris Descartes, Paris Diderot, Paris 13, Instituto Nacional de Línguas e Civilizações Orientais (Inalco), Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), Escola de Altos Estudos de Saúde Pública (Ehesp) e Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) - estão implicadas nessa iniciativa.

Desde novembro, o Coletivo de Luta Antissexista e contra o Assédio no Ensino Superior (Clasches) faz trabalhos de conscientização sobre o problema nas unidades de ensino da França, além de associações e sindicatos de professores e de pessoal administrativo e grêmios estudantis.

Agora, as próprias universidades e escolas entraram na luta. "Em 2014, uma mulher a cada cinco se dizia vítima de assédio sexual", afirmou Séverine Lemière, chefe da Missão Igualdade da Universidade Paris Descartes. Para o reitor da Sorbonne Paris, Jean-Yves Merindol, todos os estabelecimentos de ensino enfrentam o problema.

Entre as mensagens da campanha estão advertências para professores que fazem brincadeiras de caráter sexual com seus estudantes - ou ainda comparações sobre o corpo feminino.

O desafio é acabar com o ar de normalidade que ainda envolve as declarações sexistas e o assédio, além de enfrentar o silêncio das vítimas e trazer os casos a público.

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