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Sonho americano de Obama começou em um colégio do Havaí

Graças à perseverança de sua avó materna, o presidente dos EUA conseguiu ser o único aluno negro em um dos melhores colégios de Honolulu

No último fim de semana, Obama esteve no Havaí, mas dessa vez por motivos de trabalho, para ser o anfitrião da cúpula de líderes dos 21 países que integram a Apec (Kevork Djansezian/Getty Images/AFP)

No último fim de semana, Obama esteve no Havaí, mas dessa vez por motivos de trabalho, para ser o anfitrião da cúpula de líderes dos 21 países que integram a Apec (Kevork Djansezian/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 09h17.

Honolulu - Encravado no coração do Pacífico, o arquipélago do Havaí viu nascer o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que, graças à perseverança de sua avó materna, estudou em um dos melhores colégios de Honolulu, orgulhou os conterrâneos e inspirou jovens americanos a buscarem seus sonhos.

'Obama é a personificação do sonho americano', diz à Agência Efe Eric J. Kusunoki, professor do primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos entre 1975 e 1979, no Colégio Punahou. Mais de 30 anos depois, ele fala de Obama como um menino 'curioso e educado', bom aluno, que sempre chegava de manhã 'com um sorriso'.

Kusunoki, que se reunia todas as manhãs com Obama e seus colegas antes das aulas 'para falar sobre qualquer coisa que eles quisessem', não se lembra de queixas acadêmicas ou de comportamento sobre o único aluno negro da escola, como se pode ver nas fotos da época.

Obama nasceu em 4 de agosto de 1961 em Honolulu, onde passou a maior parte da infância e adolescência, com a exceção de um período na Indonésia quando sua mãe se casou pela segunda vez.

Desde os dez anos viveu com seus avôs maternos em um prédio muito próximo do Colégio Punahou. Sua avó Madelyn Payne Dunham continuou vivendo no mesmo local até morrer, um dia antes da histórica vitória eleitoral de Obama no dia 4 novembro de 2008, e foi ela que se empenhou em mandar o neto para o seleto colégio.


Fundado em 1841 com apenas 50 estudantes, Punahou é um dos colégios mais antigos dos Estados Unidos e hoje possui mais de 3,7 mil alunos, explica a diretora de Relações Externas da instituição, Carlyn Tani. O local, onde Obama se graduou em 1979, lhe abriu as portas para a prestigiosa Universidade de Columbia, onde cursou Ciências Políticas e se especializou em Relações Internacionais.

'Pensar que um de nossos alunos chegou a ser presidente é algo difícil de acreditar. Estou muito orgulhoso e muito feliz por ele', diz Kusunoki.

Carlyn conta que, depois de eleito, Obama esteve em Punahou duas vezes para jogar basquete com seus ex-companheiros de equipe. 'O presidente fazia parte da equipe que, em 1979, ganhou o campeonato estadual de basquete'.

O professor afirma ainda que, para os professores e alunos de Punahou, é uma grande honra estudar no mesmo colégio por onde passou Obama, cuja história serve de inspiração aos estudantes que lutam para conquistar seus sonhos.

Kusunoki destaca que o presidente mantém contato com seus amigos da época. Além disso, o presidente visita com regularidade o Havaí, onde passa férias no fim do ano com a esposa, Michelle, e as duas filhas, Malia e Sasha.

No último fim de semana, Obama esteve no Havaí, mas dessa vez por motivos de trabalho, para ser o anfitrião da cúpula de líderes dos 21 países que integram a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), realizada em Honolulu. Durante o evento, fez algo que confessou nunca ter feito em seus 50 anos de vida: vestir terno e gravata neste estado americano.

Em meio a uma disputa política com oposicionistas que acusavam Obama de não ter nacionalidade americana, o presidente divulgou sua certidão de nascimento em abril para aplacar os grupos conservadores que duvidavam que ele tivesse nascido em Honolulu.

Em reunião com empresários na abertura da cúpula da Apec, Obama se referiu a essa situação em tom de piada. 'Como muitos de vocês sabem, este é o lugar onde nasci. Sei que durante um tempo houve quem duvidasse, mas posso lhes mostrar até a maternidade se quiserem ir', brincou. 

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