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Soldados rebeldes do Mali dizem ter tomado o poder

Os rebeldes anunciaram, em uma emissora estatal de TV, a dissolução das instituições do Estado e a suspensão da Constituição

Os soldados invadiram o Palácio Presidencial e afirmam ter prendido vários ministros após um tiroteio (Stock.Xchange)

Os soldados invadiram o Palácio Presidencial e afirmam ter prendido vários ministros após um tiroteio (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 06h37.

Bamako - Um grupo de soldados insurgentes do Mali disse, nesta quinta-feira, que tomou o poder do país perante um "regime incompetente". Os rebeldes anunciaram, em uma emissora estatal de TV, a dissolução das instituições do Estado e a suspensão da Constituição. Os golpistas também decretaram toque de recolher a partir desta quinta-feira.

O porta-voz dos soldados, Amadou Konaré, do grupo autodenominado Comitê Nacional para o Estabelecimento da Democracia, pediu calma à população e alegou que os rebeldes agiram devido à "incapacidade" do governo em lidar com uma insurreição no norte do país. Os soldados invadiram o Palácio Presidencial e afirmam ter prendido vários ministros após um tiroteio. Um dos insurgentes disse que o chanceler Soumeylou Boubeye Maiga e o ministro do Interior, Kafouhouna Kone, estão entre os detidos.

Uma fonte independente disse, porém, que o presidente Amadou Toumani Toure, que teria ficado escondido no palácio quando o tiroteio começou, conseguiu deixar o local. Ao mesmo tempo em que invadiam o Palácio Presidencial, os rebeldes tomaram outros importantes órgãos do governo, como a emissora de rádio e TV estatal, local onde foi feito o comunicado. O motim - que começou em protesto sobre o modo como o governo está lidando com uma insurreição separatista Tuareg no norte do país - teve início na tarde de ontem. O grupo separatista em questão, que iniciou a insurreição em janeiro, é o Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA).

O porta-voz Konaré acusou o governo de não combater o terrorismo e não equipar o Exército com os meios para desenvolver seu trabalho contra o terrorismo e os separatistas. O norte do Mali, cuja independência é reivindicada pela MNLA, é também território do grupo terrorista Al-Qaeda. As informações são da Dow Jones.

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