Simpatizantes de bin Laden gritam slogans antiamericanos durante protesto em Quetta, Paquistão (Banaras Khan/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2011 às 21h41.
Washington- As forças especiais dos Estados Unidos foram instruídas a matar Osama bin Laden e a atirar seu corpo no mar para evitar que ele se tornasse um mártir, disseram funcionários de segurança nacional à Reuters na segunda-feira.
"Foi uma operação para matar", disse uma das fontes. "Se ele tivesse agitado uma bandeira branca, teria sido levado vivo", afirmou o funcionário. Mas a premissa entre os envolvidos na operação era de que Bin Laden iria resistir. E assim foi.
De acordo com essa fonte, Bin Laden "participou" do tiroteio entre os militares dos EUA e residentes da mansão fortificada onde ele estava escondido, perto de Islamabad, no Paquistão.
Esse funcionário não esclareceu se Bin Laden disparou pessoalmente contra os soldados, mas confirmou que, ao longo dos 40 minutos que a operação durou, os militares alvejaram o militante saudita na cabeça.
A ação resultou na morte de três outros homens e de uma mulher; nenhum norte-americano foi morto. John Brennan, principal assessor de contraterrorismo do presidente Barack Obama, disse que as autoridades norte-americanas acreditam que a mulher era uma das esposas de Bin Laden, e que ele a usou como escudo.
Brennan disse que os soldados estavam preparados para capturar Bin Laden vivo, mas sabiam que essa seria uma possibilidade remota.
A operação, segundo fontes militares, foi realizada por cerca de 15 soldados das forças especiais -- todos, ou quase, da Seal (força especial da Marinha dos EUA para operações aéreas, marítimas e terrestres). De acordo com essas fontes, a equipe está sediada no Afeganistão.
Uma fonte oficial disse que a equipe incluía legistas encarregados de comprovar que Bin Laden havia sido capturado, além de recolher pistas que pudessem evitar atentados e levar a outros militantes.