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Soldados de Israel se negam a atuar em terras palestinas

Soldados da Unidade 8200 - equivalente da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana - expuseram suas queixas no jornal israelense Yedioth Ahronoth

Soldados israelenses: reservistas enfatizaram que recusa se aplica só a áreas palestinas (Abed Omar Qusini/Reuters)

Soldados israelenses: reservistas enfatizaram que recusa se aplica só a áreas palestinas (Abed Omar Qusini/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 17h35.

Jerusalém - Dezenas de soldados reservistas de uma unidade de elite de inteligência de Israel declaram publicamente nesta sexta-feira que se recusam a atuar em territórios palestinos por razões morais.

Soldados da Unidade 8200 - equivalente da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana - expuseram suas queixas no jornal israelense Yedioth Ahronoth, depois de enviarem uma carta ao chefe militar da equipe e ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

"Nós, veteranos da Unidade 8200, declaramos que nos recusamos a ser parte de atividades contra palestinos e nos recusamos a sermos ferramentas para aumentar o controle militar nos territórios ocupados", escreveram.

Os 43 soldados, incluindo alguns oficiais, alegaram que parte do trabalho da unidade de inteligência não permite que palestinos levem "vidas normais" e apenas serve para prolongar o conflito.

Os reservistas enfatizaram que a recusa em servir se aplica apenas a áreas palestinas.

Um soldado, que preferiu não se identificar, afirmou ao jornal Yedioth que informações reunidas sobre a vida pessoal de palestinos e seus históricos médicos podem ser usados contra eles para propósitos de inteligência.

Israel conta há anos com uma rede de informantes palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, que ajudam nos ataques a militantes e informam serviços de segurança sobre ataques iminentes.

Informantes são frequentemente recrutados sob chantagem envolvendo permissões para viagens e dinheiro.

O Exército israelense disse que soldados da unidade têm alto padrão ético e trabalham sob supervisão.

Ele questionou a "seriedade das alegações" na carta. Um porta-voz do primeiro-ministro se recusou a comentar.

Soldados já se recusaram a atuar em territórios palestinos no passado, alegando razões similares, mas é a primeira vez que um grade grupo dessa unidade de elite assume essa posição. Fonte: Associated Press.

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