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Soldado Manning, fonte do WikiLeaks, começa greve de fome

Manning, soldado transgênero, tentou se suicidar em julho e denunciou várias vezes o tratamento que recebe em uma prisão militar masculina em Fort Leavenworth


	Chelsea Manning: "Em resposta a praticamente todos os meus pedidos, me concederam dignidade e respeito limitados. Só mais dor e angústia"
 (REUTERS/Gary Cameron/Files)

Chelsea Manning: "Em resposta a praticamente todos os meus pedidos, me concederam dignidade e respeito limitados. Só mais dor e angústia" (REUTERS/Gary Cameron/Files)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 20h20.

A soldado transgênero apenada Chelsea Manning começou uma greve de fome nesta sexta-feira para protestar contra a suposta recusa do Exército americano a tratar o seu transtorno de identidade de gênero, disseram os seus representantes.

Originalmente chamada Bradley, Manning foi condenada em agosto de 2013 por espionagem e outros crimes após admitir que entregou documentos confidenciais ao site Wikileaks.

Manning tentou se suicidar em julho e denunciou várias vezes o tratamento que recebe em uma prisão militar masculina em Fort Leavenworth, Kansas, onde está recorrendo da sua sentença de 35 anos de prisão.

"Preciso de ajuda", escreveu Manning em um comunicado publicado pela sua equipe de comunicação.

Após ser condenada, Manning anunciou que se identificava com o sexo feminino, e depois conseguiu autorização legal para mudar o seu nome e receber terapia hormonal.

Mas ela ainda tem de manter o cabelo curto, conforme as normas de higiene dos militares masculinos, e está processando o governo por essa questão.

"Em resposta a praticamente todos os meus pedidos, me concederam dignidade e respeito limitados. Só mais dor e angústia", escreveu a condenada, de 28 anos.

As autoridades de Fort Leavenworth não foram encontradas para comentar o assunto.

Manning disse que a greve pode durar até que ela fique permanentemente incapacitada ou morra.

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