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Socialistas não negociarão Catalunha para formar governo

Pedro Sánchez se dirigiu ao Comitê Federal do partido, principal órgão entre congressos, que está reunido para definir a posição do PSOE


	Manifestantes pró-independência: o líder socialista fixou seu discurso oito pontos essenciais
 (Josep Lago/AFP)

Manifestantes pró-independência: o líder socialista fixou seu discurso oito pontos essenciais (Josep Lago/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 15h03.

Madri - O líder do partido socialista (PSOE), Pedro Sánchez, afirmou nesta segunda-feira que não tentará formar governo "a qualquer preço" e advertiu que não negociará nenhum acordo que ponha em perigo a integridade territorial da Espanha.

Sánchez, cabeça da lista que foi a segunda força política nas eleições de 20 de dezembro, com 90 cadeiras, se referiu à proposta do Podemos, novo partido de esquerda que ficou em terceiro lugar, com 69 cadeiras, que pede um referendo na Catalunha para saber se há ou não uma maioria a favor da independência dessa região do nordeste da Espanha.

Este é o principal ponto de discórdia para um possível acordo das duas forças políticas à esquerda, já que, segundo o líder socialista, seria o "princípio de novas rupturas".

Pedro Sánchez se dirigiu ao Comitê Federal do partido, principal órgão entre congressos, que está reunido para definir a posição do PSOE diante dos possíveis pactos para formar governo, já que nenhum partido conseguiu maioria para governar.

Em seu discurso, insistiu que cabe agora ao PP (centro-direita) e a Mariano Rajoy tentar formar governo, por ter sido a força mais votada, com 123 cadeiras, mas já deixou claro que o PSOE votará contra.

No entanto, afirmou que se não conseguir, os socialistas têm "legitimidade" e assumirão sua responsabilidade "de buscar uma nova maioria progressista e de esquerdas", e já antecipou que conversará com "todas" as forças políticas representadas no novo parlamento.

O líder socialista fixou seu discurso oito pontos essenciais, entre eles: uma recuperação econômica justa, um pacto pela educação, reconstruir o estado de bem-estar, a regeneração da vida política e passar para um Estado federal.

Para o líder socialista, novas eleições seriam a pior das opções e não uma solução porque só adiariam o problema e mostrariam que os partidos são incapazes de dialogar para se entenderem.

O PSOE só põe como condição para pactuar com outras forças políticas: que não se dialogue sobre a integridade territorial da Espanha.

A proposta socialista foi pactuada ontem à noite com os responsáveis regionais do PSOE, em meio a tensões internas que questionam a liderança de Sánchez, depois de os socialistas terem obtido o pior resultado eleitoral desde o restabelecimento da democracia espanhola, em 1977.

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