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Socialista espanhol negociará alternativas com partidos

"Vou falar com todas as forças (...) Mas não estou me postulando para liderar uma alternativa, que fique claro", afirmou Pedro Sánchez


	Pedro Sánchez: Sánchez já aspirou em março ser eleito pelo Congresso, mas perdeu em duas votações
 (REUTERS/Sergio Perez)

Pedro Sánchez: Sánchez já aspirou em março ser eleito pelo Congresso, mas perdeu em duas votações (REUTERS/Sergio Perez)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2016 às 11h26.

Madri - O secretário-geral dos socialistas espanhóis (PSOE), Pedro Sánchez, vai entrar em contato com todos os partidos, incluídos o PP e os nacionalistas, para tentar superar o bloqueio político, mas esclareceu que isto não representa que se postule para liderar uma alternativa.

Sánchez congregou nesta segunda-feira o Executivo de seu partido depois que na sexta-feira o candidato do PP (centro-direita), Mariano Rajoy, foi rejeitado pelo Congresso em sua pretensão de ser reeleito como chefe do Executivo, o que estende a situação de interinidade no país.

"Vou falar com todas as forças, desde os nacionalistas ao PP, desde Podemos aos Ciudadanos. Mas não estou me postulando para liderar uma alternativa, que fique claro", afirmou o líder socialista.

Sánchez já aspirou em março ser eleito pelo Congresso, mas perdeu em duas votações, o mesmo que Rajoy agora, o que deu passagem ao pleito de junho passado, apenas seis meses depois dos anteriores.

Perante a perspectiva de que nenhum candidato possa ser eleito presidente do Governo antes da data limite de 31 de outubro e que volte a haver eleições legislativas em dezembro - as terceiras em um ano - Sánchez anunciou seu interesse em abrir uma rodada com os partidos.

O PP tem 137 deputados, o PSOE 85, Unidos Podemos (coalizão de esquerda) 71 e Ciudadanos (liberais) 32, e em torno destes quatro partidos gira a governabilidade da Espanha, embora no Congresso haja outras 25 cadeiras de partidos nacionalistas.

Na sexta-feira passada, Sánchez convidou as "forças da mudança" em alusão ao Unidos Podemos e Ciudadanos a colaborar para a governabilidade e acabar com o poder de Mariano Rajoy.

No entanto, a coalizão de esquerda e os liberais se consideram incompatíveis e os contatos que chegaram a manter em fevereiro passado acabaram abruptamente e sem acordo.

O líder socialista quis deixar claro que seu partido não vai apoiar Mariano Rajoy caso voltasse a tentar a posse, o que poderia ocorrer se o rei voltar a lhe propor como candidato.

Em várias ocasiões foi perguntado sobre se tentaria a posse se reunisse os apoios, algo que Sánchez deixou no ar, embora tenha dito que não deseja criar "falsas expectativas e nem liderar um projeto que esteja condenado ao fracasso".

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