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Socialista deixa coalizão que governa a Grécia

Parlamentar Michalis Kassis anunciou que decidiu tornar-se independente após líder determinar que os socialistas apoiem as medidas a qualquer custo


	A decisão deixa o Pasok com 32 deputados no Parlamento de 300 assentos e a coalizão governista com 175 membros
 (Stefania Mizara/Corbis/Latin Stock)

A decisão deixa o Pasok com 32 deputados no Parlamento de 300 assentos e a coalizão governista com 175 membros (Stefania Mizara/Corbis/Latin Stock)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 08h41.

Atenas - O Partido Socialista da Grécia (Pasok), um pilar da coalizão governista local, perdeu hoje um aliado após enfrentar uma difícil votação no Parlamento que expôs a resistência a um novo pacote de medidas de austeridade, necessário para a liberação de mais empréstimos do pacote de ajuda do país.

O parlamentar Michalis Kassis anunciou que decidiu tornar-se independente após o líder do Pasok, Evangelo Venizelos, determinar que os socialistas apoiem as medidas a qualquer custo. "Já não sou mais um deputado socialista", disse Kassis à uma estação de TV grega.

A decisão deixa o Pasok com 32 deputados no Parlamento de 300 assentos e a coalizão governista com 175 membros. O governo conseguiu aprovar ontem uma importante lei de privatização, mas a votação mais crucial, sobre o orçamento e reformas pendentes, deverá ocorrer na semana que vem.

"Quem não puder seguir este caminho, não deve fazê-lo, devemos seguir trajetórias distintas", disse Venizelos aos parlamentares, acrescentando: "Chegou o momento da verdade".

A expectativa é que outros legisladores socialistas se oponham às reformas, como acontecerá também com o pequeno Esquerda Democrática, que faz parte da coalizão.

A Grécia precisa aprovar as medidas de austeridade até 12 de novembro, quando ministros das Finanças da zona do euro vão discutir a liberação de uma nova tranche de 31,2 bilhões de euros (US$ 40 bilhões) de seu segundo programa de assistência, concedido pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

O primeiro-ministro Antonis Samaras tem alertado que o eventual colapso do acordo trará "caos" à Grécia. As informações são da Dow Jones.

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