O presidente americano, Donald Trump: para sobrinha de Bin Laden, esquerda americana se associou ao "islã radical" (Carlos Barria/Reuters)
Rodrigo Caetano
Publicado em 6 de setembro de 2020 às 17h32.
O presidente americano Donald Trump tem entre seus apoiadores uma sobrinha do terrorista Osama Bin Laden. Noor Bin Ladin, que trocou a grafia do nome para evitar comparações com o tio, é uma trumpista declarada, ao ponto de compartilhar, em suas redes sociais, fotos usado o boné de campanha do presidente americano, com a frase Make America Great Again (faça a América grande de novo.
Ladin também é adepta de teorias da conspiração populares entre integrantes da extrema direita americana, como o movimento qAnon, que surgiu em fóruns obscuros da internet e vem se insinuando nas ruas e dentro do Partido Republicano com ideias mirabolantes -- as teorias “Q”.
“Sou uma apoiadora de Trump desde que ele anunciou sua candidatura, em 2015”, afirmou Ladin, em entrevista ao jornal americano The New York Post. “Tenho observado de longe e admiro sua determinação.”
Formada em administração pela Universidade de Genebra e em direito penal pela Universidade de Londres, Ladin, atualmente, mora na Suíça. Sua família está longe de ser formada por radicais extremistas. Wafah Dufour, irmã de Noor, é figura recorrente em colunas sociais e tem uma banda de indie rock, a Deep Tan, que recentemente fez uma turnê na Europa.
Para ela, o atual presidente americano é o único capaz de evitar um outro 11 de Setembro. “Os atentados terroristas que aconteceram na Europa, nos últimos anos, no abalou muito. O 'islã radical' se infiltrou na nossa sociedade”, afirmou Ladin. “É preocupante que a esquerda americana tenha se associado com esse tipo de ideologia.”
O pai de Noor Ladin é o meio-irmão de Osama, Yeslam, que fez fortuna no setor de construção na Arábia Saudita. Sua mãe, Carmen Dufour, é autora de um best-seller sobre seus tempos com a família Bin Laden. O casal se separou em 1988. Noor diz que tem pouco contato com o pai.