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Sobrevivente de Paris também escapou do 11 de setembro

Norte-americano estava tanto na casa de shows Bataclan durante os atentados em Paris, quanto próximo ao World Trade Center no 11 de setembro


	Flores e velas deixadas na calçada em frente à casa de shows Bataclan, local de um dos ataques terroristas em Paris
 (Christopher Furlong/Getty Images)

Flores e velas deixadas na calçada em frente à casa de shows Bataclan, local de um dos ataques terroristas em Paris (Christopher Furlong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2015 às 18h04.

São Paulo - Um homem americano que escapou por pouco dos atentados em Paris também sobreviveu a outro grande ataque terrorista: o 11 de setembro, nos EUA.

Identificado apenas como Matthew, ele foi salvo por um jornalista francês, o mesmo que gravou o vídeo chocante onde vítimas fugiam, desesperadas, da casa de shows Bataclan.

O lugar foi palco de um dos ataques coordenados que mataram 130 pessoas em Paris, no último dia 13. O grupo Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados.

O homem, de 36 anos, revelou ao jornal Le Monde que em 2001 estava na rua abaixo do World Trade Center quando o primeiro avião atingiu a torre norte.

Naquele dia, ele conta que correu "metade de Manhattan" em busca de um lugar seguro. No entanto, os momentos de terror vividos no Bataclan foram "mil vezes piores".

Ele afirmou à publicação que fingiu estar morto após ser baleado na perna. Enquanto os terroristas recarregavam suas armas, ele conseguiu se arrastar para a rua e foi então socorrido pelo jornalista francês Daniel Psenny.

"Eu estava jogado, fingindo de morto, quando senti alguém me arrastar pelos braços. Eu nem olhei para cima mas, na minha cabeça, eu falei 'eu te amo, meu anjo'", narrou.

A mulher de Matthew também iria ao show, mas não estava no Bataclan porque ficou cuidando do bebê do casal. Os dois se mudaram de Nova York para a capital francesa em junho deste ano.

Com a ajuda de outro homem, que não foi identificado, Psenny arrastou Matthew para o seu apartamento. O jornalista também foi ferido no braço quando foi atingido por um tiro ao fechar a porta do lobby.

Ele nega o título de herói, e diz que agiu "instintivamente". "Eu tive o reflexo humano de não deixar alguém morrer em minha frente, mas foram as circunstâncias que permitiram isso".

Mesmo feridos, os dois passaram algumas horas dentro do apartamento do jornalista, enquanto policiais patrulhavam a área, que fica do lado do Bataclan.

Posteriormente os dois foram levados a um hospital na capital francesa. Fora de perigo, eles se recuperam e já se reencontraram.

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