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Sobrevivente de acidente em mina no Chile é internado

José Ojeda está há mais de dois meses internado em um centro médico da capital para tratar problemas psicológicos que o afetam desde 2010

Resgate: José Ojeda foi o sétimo mineiro a ser resgatado em 13 de outubro de 2010 (Jorge Amengual/AFP)

Resgate: José Ojeda foi o sétimo mineiro a ser resgatado em 13 de outubro de 2010 (Jorge Amengual/AFP)

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EFE

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 15h48.

Santiago do Chile - José Ojeda, um dos 33 mineiros que ficaram presos durante quase 70 dias em uma mina Atacama e que escreveu em um papel a famosa mensagem "Estamos bem no refúgio, todos os 33", está internado em uma clínica de Santiago para dar continuidade a um tratamento psiquiátrico, confirmaram alguns de seus companheiros na mina San José.

Omar Reygadas disse nesta quinta-feira à Agência Efe que seu companheiro está há mais de dois meses internado em um centro médico da capital para tratar problemas psicológicos que o afetam desde 2010, quando os 33 mineiros sobreviveram 70 dias presos a 700 metros de profundidade em uma mina do norte do país.

José Ojeda foi o sétimo mineiro a ser resgatado em 13 de outubro de 2010, mas é o mais lembrado por ser o autor da nota que deu a volta ao mundo anunciando que os 33 operários estavam vivos.

"Estamos bem no refúgio, todos os 33" foi a mensagem que Ojeda escreveu com lápis vermelho sobre um pedaço de papel branco antes de amarrá-lo ao tubo da sonda que em 22 de agosto de 2010 devolveu a esperança aos angustiados familiares dos trabalhadores.

Segundo Omar Reygadas, que fala frequentemente com Ojeda por telefone, seu companheiro não se recuperou do impacto psicológico do prolongado tempo que ficou prso na mina, além de outros assuntos pessoais.

Reygadas assegurou que vários dos 33 mineiros ainda passam por controles psicológicos de forma periódica para avaliar seu estado.

Outro mineiro, Carlos Barrios, disse a uma publicação que Ojeda permanecerá internado por seis meses.

Na semana passada foi informado também que Mario Gómez, o mais velho dos 33, sofre com uma avançada silicose que o obrigará a utilizar de forma permanente um tubo de oxigênio para poder respirar.

Gómez, de 71 anos, já sofria de silicose e hipertensão quando ficou fechado na mina e seu estado de saúde foi um dos principais desafios para as equipes de resgate.

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