Fornecimento de equipamentos militares à Ucrânia vem gerando discussões entre as potências (Alexey Furman/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 20 de março de 2024 às 08h11.
A sobrevivência da Ucrânia está em jogo em meio a um impasse de financiamento em curso no Congresso dos EUA, alertou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na terça-feira, afirmando que a ajuda adicional para a Ucrânia era uma questão de "honra" para os Estados Unidos. As informações são da CNBC.
"Hoje, a sobrevivência da Ucrânia está em perigo e a segurança dos Estados Unidos está em risco. Eles não têm um dia a perder, e nós também não temos um dia a perder", disse Austin em uma coletiva de imprensa após uma reunião do grupo de contato de defesa da Ucrânia na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, na terça-feira, com a presença de representantes da Ucrânia e 50 países aliados.
"Saio daqui hoje totalmente determinado a manter a assistência de segurança e a munição dos EUA fluindo. E isso é uma questão de sobrevivência e soberania para a Ucrânia. E é uma questão de honra e segurança para os Estados Unidos. E não se engane, Putin está observando. O mundo está observando e a história está observando", disse Austin.
As tropas russas assumiram o controle de várias rotas de abastecimento para as forças armadas da Ucrânia em áreas ao redor das aldeias de Berdychi, Orlivka e Umanske, perto de Avdiivka, em Donetsk, disse uma autoridade russa nesta quarta-feira.
Igor Kimakovsky, assessor do chefe da autoproclamada República Popular de Donetsk, pró-Moscou, no leste da Ucrânia, disse à agência de notícias Tass que as unidades russas continuavam a "pressionar o inimigo na direção de Avdiivka".
"Conseguimos tomar várias estradas de abastecimento perto das aldeias de Berdychi, Orlovka e Umanskoye sob controle de fogo", disse Kimakovsky, informou a Tass, usando termos da era soviética para citar as conquistas, o que é visto como provocação pelos ucranianos.
Já o presidente russo, Vladimir Putin, disse na noite de terça-feira que deve considerar a China como primeiro destino internacional após sua vitória nas eleições do final de semana. No pleito, Putin foi reeleito com mais de 87% dos votos e pode ficar no poder até 2030.
A Reuters informou que Putin viajará para a China em maio para conversar com Xi Jinping,
A agência de notícias estatal russa TASS informou que, em uma reunião com parlamentares na terça-feira, o líder do Partido Comunista, Gennady Zyuganov, pediu a Putin que escolhesse Pequim para a viagem.
"Espero que sua primeira visita seja ao Oriente, e não ao Ocidente. O camarada (presidente chinês) Xi Jinping está esperando sua visita, ele ama muito nosso país", disse Zyuganov, segundo a TASS. "Com certeza - sem brincadeiras - levarei em conta o que você acabou de dizer", respondeu Putin com um sorriso.