Mundo

Sobe para 89 o número de mortos em terremoto na China

Ainda há cinco pessoas desaparecidas e 600 feridas, 70 delas em estado grave


	Mulher caminha sobre destroços após terremoto em Gansu, na China: tremor provocou o desabamento de cerca de 1.200 casas e danificou mais de 21 mil imóveis, segundo dados iniciais
 (China Daily/Reuters)

Mulher caminha sobre destroços após terremoto em Gansu, na China: tremor provocou o desabamento de cerca de 1.200 casas e danificou mais de 21 mil imóveis, segundo dados iniciais (China Daily/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 14h04.

Pequim - O número de mortos por conta do terremoto de 6,6 graus de magnitude na escala Ritcher que atingiu nesta segunda-feira a província chinesa de Gansu aumentou para 89, com cinco pessoas desaparecidas e 600 feridas - 70 delas em estado grave-, segundo os últimos dados facilitados por autoridades locais.

Segundo o Centro de Controle Sismológico da China, o terremoto aconteceu às 7h45 local de segunda-feira (20h45, horário de Brasília), entre as comarcas de Minxian e Zhangxian da citada província, uma zona montanhosa afetada recentemente por fortes chuvas.

A maioria dos municípios da província foi afetada pelo tremor e algumas das localidades até estão parcialmente incomunicáveis pelos cortes de eletricidade, disseram as autoridades locais.

O epicentro do terremoto ocorreu na cidade de Dingxi, com quase 2,7 milhões de habitantes, a 20 quilômetros de profundidade.

No entanto, a maioria das mortes ocorreram nas comarcas rurais situadas ao sul da cidade, onde as construções são menos resistentes.

Por enquanto, a comarca de Minxian é a mais afetada pelo desastre, com 87 mortos e 515 feridos.

Segundo os cálculos preliminares, o tremor provocou o desabamento de cerca de 1.200 casas e danificou mais de 21 mil imóveis. Em alguns povoados próximos do epicentro, como Meichuan e Puma, cerca de 80% das casas desabaram.

O terremoto foi sentido também em Lanzhou e até na cidade de Xian, capital da província de Shaanxi.

O terremoto foi seguido por 422 réplicas, a mais severa de 5,6 graus de magnitude, que aconteceu uma hora e meia após o primeiro tremor, às 9h12 hora local (22h12, em Brasília) e que, segundo asseguraram testemunhas locais à agência oficial "Xinhua", "causou o desabamento de muitas das casas que tinham agüentado o primeiro tremor".


As autoridades chinesas deslocaram dois mil soldados do Exército de Libertação Popular (ELP), equipamentos médicos e 300 policiais, além de enviar 10 mil tendas de campanha e 30 mil lençóis para os milhares de afetados, que por enquanto já são 27 mil pessoas.

Citado pela televisão "CFTV", o presidente da China, Xi Jinping, pediu hoje que as equipes de socorro resgatem sobreviventes "a qualquer custo".

As comarcas afetadas estavam se recuperando de semanas de fortes chuvas e inundações que, segundo o observatório local de meteorologia, continuarão nos próximos dias, o que dificultará os trabalhos de socorro.

Neste sentido, as autoridades recomendaram que a população evite ficar perto da base das montanhas por possíveis deslizamento de terras e futuras réplicas do terremoto.

O Governo provincial de Gansu destinou 5 milhões de iuanes (US$ 830 mil) para financiar os trabalhos de resgate.

O terremoto ocorreu em uma zona que já registrou 25 sismos de magnitude superior a 5 graus em sua história, segundo dados do Centro de Controle Sismológico da China.

O oeste da China é uma zona com frequente atividade sísmica devido a sua proximidade com a placa tectônica Euroasiática e a Índica. Em abril de 2010, um terremoto de 6,9 graus na província ocidental de Qinghai (planalto tibetana) deixou quase 2.700 mortos.

O pior terremoto na China nos últimos anos aconteceu na província sudoeste de Sichuan em 2008, quando um tremor de 7,9 graus de magnitude provocou a morte ou desaparecimento de mais de 90 mil pessoas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDesastres naturaisMortesTerremotos

Mais de Mundo

Reabertura da Notre-Dame: Macron celebra o resultado da restauração

Projeto de lei sobre suicídio assistido avança no Parlamento do Reino Unido

ONU adverte que o perigo da fome “é real” na Faixa de Gaza

Agência da ONU pede investigação de abusos após cessar-fogo no Líbano