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Sobe para 69 número de mortos em ataques em Bagdá

Houve pelo menos 16 ataques no decorrer do dia, sendo 14 aparentemente coordenados pela capital durante a manhã e mais dois algumas horas

Iraquianos protestam em Bagdá: na quinta passada, um manifestante morreu e 25 ficaram feridos (Muhannad Falaah/Getty Images)

Iraquianos protestam em Bagdá: na quinta passada, um manifestante morreu e 25 ficaram feridos (Muhannad Falaah/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 16h03.

Bagdá - Uma onda de ataques com bombas em Bagdá matou pelo menos 69 pessoas nesta quinta-feira, informaram vários funcionários do governo local. O Iraque atravessa uma grave crise política, com seu vice-presidente acusado de comandar esquadrões da morte e o primeiro-ministro advertindo que poderia romper um acordo para a divisão do poder.

Houve pelo menos 16 ataques no decorrer do dia, sendo 14 aparentemente coordenados pela capital durante a manhã e mais dois algumas horas. A violência ocorre dias após as forças norte-americanas deixarem o país. Até o momento, nenhum grupo reivindicou as ações, mas elas levam a marca dos insurgentes sunitas da Al-Qaeda. A maioria dos ataques ocorreu em bairros xiitas, ainda que algumas áreas sunitas também tenham sido alvos.

A pior explosão ocorreu no bairro de Karrada, onde um suicida com um veículo cheio de explosivos atacou as proximidades de um escritório da agência do governo que enfrenta a corrupção. Pelo menos 25 pessoas morreram e 62 ficaram feridas nesse ataque.

Os ataques, os mais mortíferos em mais de quatro meses, coincidiram em grande parte com a hora do rush da manhã. As forças de segurança isolaram as áreas atingidas. Dados recolhidos com funcionários do setor de segurança e policiais pela cidade resultam na confirmação de 69 mortos e pelo menos 169 feridos.


Os dois ataques ocorridos mais tarde, ambos na zona oeste de Bagdá, deixaram pelo menos nove mortos e 21 feridos, segundo autoridades locais.

A violência ocorre no momento em que políticos iraquianos divergem sobre um mandado de prisão contra o vice-presidente Tareq al-Hashemi. O primeiro-ministro Nuri al-Maliki exigiu que autoridades curdas entreguem o líder sunita, que tem ficado na região autônoma curda. Hashemi afirma ser inocente.

Maliki também pediu que seu vice sunita, Saleh al-Mutlak, que pertence ao mesmo bloco Iraqiya de Hashemi, seja retirado do cargo, após o vice dizer que o governo liderado por xiitas é "uma ditadura". O Iraqiya tem boicotado o Parlamento e o gabinete. Maliki ameaçou substituir seus ministros no governo de união. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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