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Sobe para 64 o número de civis mortos em ataque contra EI

O Observatório Sírio de Direitos Humanos elevou para 64 o número de civis mortos na Síria por bombardeio contra o grupo Estado Islâmico


	Fumaça após bombardeio na Síria: vítimas são 31 menores de idade, 20 mulheres e 13 homens
 (Aris Messinis/AFP)

Fumaça após bombardeio na Síria: vítimas são 31 menores de idade, 20 mulheres e 13 homens (Aris Messinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2015 às 17h31.

Beirute - O Observatório Sírio de Direitos Humanos elevou nesta segunda-feira para 64 o número de civis mortos no norte da Síria por um bombardeio da coalizão internacional contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na madrugada de sexta-feira.

Segundo a ONG, que há dois dias havia informado sobre 52 mortos, as vítimas são 31 menores de idade, 20 mulheres e 13 homens, que perderam a vida na aldeia de Bir Mahali, ao sul do enclave curdo sírio de Kobani, situado na província de Aleppo.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos indicou que nessa aldeia havia um comboio de veículos do EI, o que acelerou o ataque aéreo das aliança internacional, enquanto os habitantes do povoado dormiam.

Enquanto isso, ocorreram choques entre as Unidades de Proteção do Povo, milícias curdo-sírias, e combatentes do EI em aldeias dos arredores.

O Observatório solicitou uma investigação dos fatos para que os culpados sejam julgados e as vítimas indenizadas.

Por sua parte, o EI publicou hoje na internet um vídeo com supostas imagens do local do ataque.

A gravação, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, começa com uma sequência de um suposto avião da aliança internacional sobrevoando o céu e, em seguida, se mostram imagens de uma coluna de fumaça.

Nos minutos seguintes, se veem corpos de menores e adultos empilhados em caminhões, assim como feridos em um hospital, e se escutam testemunhos de moradores, entre eles um menino, da cidade de Sarrin, próxima a Bir Mahali, que se queixam dos bombardeios da coalizão.

O vídeo foi divulgado pelo escritório de informação dos jihadistas em Aleppo, que explicam que o filme "documenta o massacre cometido pela coalizão dos cruzados na cidade de Bir Mahali na periferia de Ain al Islam", em referência a Kobani.

O EI assegura ainda que o ataque causou a morte de "mais de cem muçulmanos, a maioria mulheres e menores".

O grupo extremista proclamou no final de junho um califado no Iraque e Síria, onde tomou partes do norte e do centro de ambos países.

A coalizão iniciou os bombardeios contra o EI no território sírio em 23 de setembro.

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