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Sobe para 36 o número de mortos após deslizamento na Colômbia

Dez pessoas ainda estão desaparecidas e outras 20 ficaram feridas

Colômbia: deslizamento matou 36 pessoas e deixou outras 20 feridas (Fredy Builes/Getty Images)

Colômbia: deslizamento matou 36 pessoas e deixou outras 20 feridas (Fredy Builes/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 15 de janeiro de 2024 às 09h21.

Última atualização em 15 de janeiro de 2024 às 09h23.

Com cães farejadores e escavadeiras, socorristas buscam dez desaparecidos sob os escombros de um deslizamento de terra que matou 36 pessoas e deixou outras 20 feridas em uma comunidade indígena do noroeste da Colômbia, segundo um balanço oficial, neste domigo.

"A todas as famílias das vítimas, meu sentimento de pêsames [...] Esperamos encontrar" os desaparecidos e "que as pessoas não estejam mortas", disse o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, no município de Carmen de Atrato, em Chocó, onde ocorreu o deslizamento na sexta-feira.

Em um relatório anterior, as autoridades haviam registado 10 pessoas desaparecidas e 33 mortos. "Nas últimas horas foram encontrados 3 novos corpos. Dois identificados por seus familiares foram entregues em Medellín. Uma pessoa ainda não identificada foi transferida para Quibdó", indicou a província de Chocó em um boletim.

Imagens compartilhadas nas redes sociais e em canais de televisão mostram o momento em que um pedaço gigantesco da montanha se desprende e soterra uma fila de carros, enquanto se ouvem gritos.

Na noite de sexta-feira, as autoridades haviam registrado 18 mortes e estimara que ainda haveria 30 pessoas presas sob os escombros, que bloquearam a estrada que vai de Medellín a Quibdó, cidade no noroeste do país.

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Cinquenta pessoas conseguiram se refugiar em uma casa adjacente, mas foram atingidas por outro deslizamento, explicou o presidente. Os trabalhos de resgate foram suspensos à noite pelo risco de novos deslizamentos em uma região próxima ao Pacífico, onde está uma das florestas mais chuvosas do mundo.

Mais de 200 pessoas entre bombeiros, socorristas, militares e indígenas trabalham contra o relógio, enquanto os parentes dos desaparecidos aguardam notícias nos arredores. "Precisamos saber do meu sobrinho, porque não sabemos nada dele, nem vivo nem morto", disse à AFP Clara Estrada no sábado.

'Seguem em risco'

A estrada ficou dividida ao meio. Ao longo da encosta, veem-se carros enterrados, árvores destruídas, lama e pedras. Os socorristas carregam corpos em macas, e helicópteros sobrevoam a área.

"A possibilidade de mais deslizamentos está presente aqui, neste mesmo ponto. Houve dois dias de sol, o risco é menor, mas assim que começarem as chuvas, todo o pessoal envolvido na atividade e quem estiver aqui ainda estará em risco", disse o presidente Petro.

Apesar de a Colômbia atravessar uma temporada de seca, o Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (IDEAM) registrou fortes chuvas na sexta-feira em alguns departamentos do Pacífico e da Amazônia.

"Declara-se desastre natural em Chocó. Como consequência, serão destinados meio bilhão de pesos (R$ 606 milhões) para concluir a estrada este ano e realizar obras de segurança que nunca foram contratadas em 20 anos", escreveu o presidente de esquerda na rede social X.

Os deslizamentos bloquearam o caminho de Quibdó, a capital do departamento de Chocó, para Medellín, a segunda maior cidade da Colômbia.

"Não sei nem o que pensar, estou aqui preocupado, em busca dos meus familiares", disse Andrés Asprilla. Quatro de seus parentes ainda estavam desaparecidos no sábado.

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