Sobreviventes de terremoto no Paquistão constroem uma casa improvisada: muitos estão desalojados (Naseer Ahmed/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2013 às 06h54.
Quetta - O número de mortes pelo terremoto que atingiu na última terça-feira o sudoeste do Paquistão continua aumentando e, segundo a apuração oficial desta sexta-feira, já são 359, mas a imprensa local alerta que ainda pode ser muito maior.
"Os números confirmadas são de 359 mortos e 755 feridos. Isso é o que sabemos com certeza", disse hoje à Agência Efe o porta-voz do governo regional do Baluchistão, Khan Mohammed Buledi, que reconheceu que ainda existem áreas onde as equipes de resgate não conseguiram chegar.
"A maioria das regiões afetadas já recebeu assistência, mas existem alguns locais bastante remotos dos quais ainda não tivemos acesso", afirmou Buledi.
Os moradores do município de Mashke, um dos mais atingidos, citados pelo jornal "Express Tribune", afirmam que pelo menos 400 pessoas morreram nesse local e citam o caso de uma escola religiosa na qual morreram 20 alunas após o desmoronamento do telhado.
"Não podemos comentar essas informações", foi a resposta do porta-voz governamental.
O porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres, Kamran Zia, afirmou ontem que Mashke é uma das áreas em que ainda não chegou ajuda oficial.
Uma fonte da administração do município afirmou que "por enquanto, há 158 mortos", mas também não descartou que esse número ainda possa aumentar.
Segundo o "Express Tribune", algumas fontes locais afirmam que o número de mortos pelo terremoto deve superar os milhares.
Faz dias que a imprensa local denuncia que a assistência não está chegando para boa parte dos atingidos.
Ontem ocorreram dois incidentes nos quais as autoridades enviadas para a região e equipes policiais de resgate foram atacadas, por isso o porta-voz do Executivo regional pediu que os diversos grupos armados da região não prejudiquem os trabalhos de resgate.
"Esperamos que não se repitam esses ataques e que a segurança das equipes não seja um problema a mais", disse à Efe Buledi.