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Sobe a 148 número de migrantes mortos em naufrágio no Egito

Governador da província de Al Bahira ordenou que operações de busca continuem e que se acelere o processo legal de entrega dos corpos identificados às famílias


	Resgates: até o momento, foram resgatadas 164 pessoas com vida
 (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Resgates: até o momento, foram resgatadas 164 pessoas com vida (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2016 às 11h37.

Cairo - Pelo menos 148 corpos de imigrantes foram recuperados até esta sexta-feira no litoral mediterrâneo do Egito, após o naufrágio de um navio com centenas de pessoas a bordo na última quarta-feira, segundo Mohammed Sultan, governador da província de Al Bahira, em cujo litoral aconteceu a tragédia.

Em comunicado, Sultan informou que desde o meio-dia (hora local) de hoje, as equipes de resgate encontraram 60 corpos, e todos foram transferidos para hospitais das províncias de Al Bahira, Alexandria e Kafr Sheikh, no norte do Egito.

Sultan ordenou que as operações de busca continuem e que se acelere o processo legal de entrega dos corpos identificados às famílias das vítimas.

Até o momento, foram resgatadas 164 pessoas com vida, entre elas 111 egípcios, 26 sudaneses, 13 eritreus, dois somalis, um sírio e um etíope, segundo os dados da Organização Internacional de Migrações (OIM).

Entre os mortos, sabe-se que os cerca de 50 corpos encontrados nos dois primeiros dias pertencem majoritariamente a cidadãos egípcios, assim como alguns sudaneses e somalis.

No entanto, o governador de Al Bahira e o porta-voz do Ministério da Saúde do Egito, Khaled Mujahid, não ofereceram detalhes sobre as nacionalidades dos mortos encontrados nas últimas horas.

Mujahid explicou à Agência Efe que há aproximadamente 30 ambulâncias no porto de Bugas Rashid e que as famílias são notificadas os corpos que chegam com documentos de identidade, caso contrário, os mortos são levados para os hospitais da região.

A embarcação naufragada partiu com entre 400 e 600 imigrantes a bordo de um ponto entre as localidades egípcias de Rashid e Baltim, uma área pouco povoada de onde embarcações que transportam ilegalmente os imigrantes costumam sair, a maioria delas com destino ao litoral italiano.

Entre os imigrantes resgatados havia quatro marinheiros que foram detidos. No entanto, os proprietários da embarcação e outras pessoas envolvidas no tráfico de pessoas continuam foragidas.

O número de imigrantes que tenta sair do Egito rumo ao litoral europeu aumentou nos últimos meses. Até julho de 2016, o Egito se transformou no segundo país utilizado pelos imigrantes como base de saída para a Europa depois da Líbia, segundo a OIM. 

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