Terrorismo: em 30 de setembro de 2015, havia 170 pessoas detidas por delitos relacionados ao terrorismo (Neil Hall / Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 10h15.
Londres - O número de pessoas detidas no Reino Unido suspeitas de terem envolvimento em atividades terroristas subiu 34% entre outubro do ano passado e setembro deste ano em comparação com o mesmo período entre 2014 e 2015, informou o Ministério do Interior nesta quinta-feira.
As autoridades detiveram 315 pessoas nestes 12 meses, de acordo com os números oficiais, em que se destacam que o número de mulheres detidas dobrou e chegou a 50.
Entre setembro de 2014 e 2015 também aumentou a quantidade de adolescentes detidos por suspeita de terrorismo, de oito para 15.
Do total de pessoas detidas este ano, 124 foram formalmente acusadas, 68 foram liberadas sob fiança, 115 foram postas em liberdade sem acusações e o restante enfrentou outros tipos de medidas, que o Ministério não especificou.
Em 30 de setembro de 2015, havia 170 pessoas detidas por delitos relacionados ao terrorismo.
O Interior indicou que o aumento foi particularmente significativo entre outubro e dezembro do ano passado, e entre abril e junho deste ano.
Entre julho e setembro de 2015, por outro lado, houve uma queda no número de detidos, de 94 há um ano para 48 nesse trimestre.
Estes números foram divulgadas em um momento de inquietação para as autoridades por causa dos casos de adolescentes que viajaram à Síria para se unir ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Como maneira de combater a ameaça terrorista, o governo apresentou mês passado um projeto de lei destinado a combater o terrorismo no mundo digital, que permitirá as forças de segurança monitorar a atividade de suspeitos na rede.
A ministra de Interior, Theresa May, apresentou na Câmara dos Comuns o chamado Projeto de Lei de Poderes de Investigação, que será submetido a apreciação das duas câmaras parlamentares - Comuns e Lordes - antes de ser votado em 2016.
Se for aprovada, a legislação obrigará as empresas de internet a armazenarem a atividade de seus usuários na rede durante 12 meses, para o caso de algum dado ser solicitado pelo governo .