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Sob Biden e Johnson, EUA e Reino Unido firmam acordo de relação bilateral

O texto defende investimentos em ciência e tecnologia, esforços renovados para lidar com as mudanças climáticas e melhores defesas contra ameaças globais à saúde

Presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante reunião antes de encontro de cúpula do G7 na Cornuálhia, Reino Unido. (Toby Melville/Reuters)

Presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante reunião antes de encontro de cúpula do G7 na Cornuálhia, Reino Unido. (Toby Melville/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de junho de 2021 às 16h43.

O presidente americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, delinearam uma visão para as relações entre os Estados Unidos e o Reino Unido centrada na promoção da democracia e no combate à influência de estados autocráticos durante a primeira reunião pessoal entre os dois nesta quinta-feira.

Os líderes concordaram em um documento abrangente que traça um caminho a partir de uma pandemia que matou milhões, enquanto o vírus continua se espalhando em algumas partes do mundo. O texto defende investimentos em ciência e tecnologia, esforços renovados para lidar com as mudanças climáticas e melhores defesas contra ameaças globais à saúde.

O documento de duas páginas - apelidado de "Carta do Atlântico", em referência à declaração conjunta feita pelo então primeiro-ministro Winston Churchill e o presidente Franklin D. Roosevelt em 1941, quando eles estabeleceram sua abordagem para um mundo pós-Segunda Guerra Mundial - inclui poucos compromissos de política específicos. Em vez disso, estabelece princípios gerais para os países.

"Devemos garantir que as democracias - começando com a nossa - possam resolver os desafios críticos de nosso tempo", declara a carta. "Vamos defender a transparência, defender o estado de direito e apoiar a sociedade civil e a mídia independente".

O documento não menciona a Rússia ou a China, mas autoridades americanas disseram que a rivalidade com os dois países foi fundamental para o esforço de Biden de construir uma coalizão informal de nações democráticas para resistir a tudo, desde as tentativas russas de interferir nas eleições ao expansionismo chinês.

 

"Pretendemos fortalecer as instituições, leis e normas que sustentam a cooperação internacional para adaptá-las para enfrentar os novos desafios do século XXI e proteger contra aqueles que possam miná-los", diz a carta, acrescentando que os EUA e o Reino Unido "opõe-se à interferência por meio de desinformação ou outras influências malignas, inclusive nas eleições".

Os países também criaram uma força-tarefa com o objetivo de reabrir a rota de viagens EUA-Reino Unido, embora o cronograma exato para fazê-lo não tenha sido estabelecido. Eles devem divulgar uma declaração conjunta separada, abordando questões como energia, ciência e saúde, incluindo um novo diálogo entre os EUA e o Reino Unido liderado pelo Departamento de Energia, de acordo com um funcionário dos EUA. 

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