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Snowden será tema de livros e talvez de filme

Glenn Greenwald, ex-repórter do jornal britânico The Guardian, deve lançar seu livro em março


	Edward Snowden: possíveis livros rivais estão sendo escritos por Barton Gellman, blogueiro e ex-repórter do Washington Post, e Luke Harding, jornalista do Guardian
 (AFP)

Edward Snowden: possíveis livros rivais estão sendo escritos por Barton Gellman, blogueiro e ex-repórter do Washington Post, e Luke Harding, jornalista do Guardian (AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 13h56.

Washington - Uma história que não fica devendo nada a nenhum romance de espionagem vai ser contada por três escritores, que preparam livros possivelmente concorrentes sobre as revelações de Edward Snowden, ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

Glenn Greenwald, ex-repórter do jornal britânico The Guardian, deve lançar seu livro em março. O jornalista recebeu os documentos confidenciais de Snowden em encontros secretos em Hong Kong depois que o ex-prestador de serviços fugiu dos Estados Unidos.

O livro é "sobre o meu período com Snowden em Hong Kong e sobre as reportagens feitas, mas principalmente sobre a vigilância do Estado, com base nos documentos que eu tenho (e não o Guardian), e os meus argumentos de por que essa vigilância é ameaçadora", disse o jornalista por email.

A editora será a Metropolitan Books. Greenwald discute uma adaptação para o cinema.

O jornal The New York Times publicou em outubro que a 20th Century Fox, a Sony Pictures e a HBO haviam analisado a possibilidade de um projeto para as telas. No entanto, Greenwald afirmou que ainda não há nada acertado em relação a isso.

Possíveis livros rivais estão sendo escritos por Barton Gellman, blogueiro e ex-repórter do Washington Post, e Luke Harding, jornalista do Guardian.

Gellman, que escreveu as matérias sobre Snowden para o Post, mas que não está mais no jornal, declarou que seu projeto é anterior às revelações do ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês).

"Já tinha começado a trabalhar num livro sobre sociedade da vigilância quando Edward Snowden apareceu. Ele certamente enriqueceu as minhas reportagens, mas não estou apostando corrida contra ninguém. Minha narrativa cobre um tema amplo e tem vários personagens", afirmou Gellman por email.


Nem Harding, também co-autor de um livro sobre o WikiLeaks, nem ninguém do Guardian quiseram comentar sobre o livro do jornalista, que será publicado pelo Guardian em parceria com a britânica Faber and Faber.

Uma pessoas que conhece o projeto do jornal disse, sob anonimato, que quando Greenwald deixou o Guardian as duas partes concordaram que os livros seriam lançados de forma simultânea para que ninguém tivesse vantagem comercial.

Acredita-se que Snowden tenha baixado milhares de documentos confidenciais da NSA e do governo britânico, o que provocou um debate mundial sobre a vigilância eletrônica dos EUA.

Segundo os vazamentos feitos por Snowden, o Brasil foi alvo de espionagem da NSA, incluindo as comunicação da presidente Dilma Rousseff.

Nesta terça-feira, Snowden, que está asilado temporariamente na Rússia, disse em "Carta Aberta ao Povo do Brasil" que está disposto a ajudar nas investigações brasileiras sobre o monitoramento norte-americano no país, e sugeriu que pode pedir asilo ao Brasil.

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