Mundo

Snowden está "são e salvo" e vai para o Equador, diz Assange

Fundador do Wikileaks Julian Assange não revelou, porém, onde o ex-funcionário da CIA se encontra no momento


	O fundador do site WikiLeaks Julian Assange: "todo mundo tem direito de buscar e obter asilo", comentou Assange em referência à solicitação feita por Snowden ao Equador
 (Mladen Antonov/AFP)

O fundador do site WikiLeaks Julian Assange: "todo mundo tem direito de buscar e obter asilo", comentou Assange em referência à solicitação feita por Snowden ao Equador (Mladen Antonov/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 12h49.

Washington - O fundador do Wikileaks, Julian Assange, disse nesta segunda-feira que Edward Snowden, ex-técnico da CIA, está "são e salvo" e a caminho do Equador através de uma rota "segura" que inclui a Rússia e "outros países".

Assange não revelou onde Snowden se encontra no momento. A última informação que se sabe sobre o ex-técnico da CIA é que ele chegou no domingo à noite em Moscou vindo de Hong Kong.

"Infelizmente, não podemos dizer em que país ele se encontra", disse Assange perante a insistência dos jornalistas ao mencionar unicamente que Snowden "está em um lugar seguro" e citar como argumento para manter o silêncio as "ameaças" recebidas pelo Governo americano.

Além disso, Assange sustentou que Snowden, jovem que revelou informações sobre os programas secretos de espionagem do Governo americano, está "em contato" com uma equipe legal do Wikileaks que proporciona assistência.

"Todo mundo tem direito de buscar e obter asilo", comentou o fundador do Wikileaks em referência à solicitação feita por Snowden ao Equador.

Assange, que se encontra asilado na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição para Suécia por supostos delitos sexuais, acusou o Governo americano de "tentar intimidar" a Rússia e outros países para revelar o paradeiro de Snowden e conseguir sua extradição.


Além disso, Assange não quis responder a uma pergunta sobre se o Wikileaks está buscando fazer algo com as informações de Snowden, ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA e da CIA.

Por sua vez, Kristin Hrafnsson, porta-voz do Wikileaks, indicou na mesma conferência que a organização entrou em contato com a Islândia e outros países, que não especificou, para avaliar outras opções de asilo para Snowden.

O jovem viajou no fim de semana passado de Hong Kong a Moscou, ajudado pelo Wikileaks, para escapar da extradição solicitada pelos Estados Unidos.

Uma fonte anônima citada pelos meios de comunicação russos revelou que Snowden tinha previsto partir hoje rumo a Cuba mas, segundo fontes dos serviços de segurança russos citada pela "Interfax", o americano não se encontrava a bordo do avião que decolou de Moscou.

Enquanto isso, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou hoje na Índia, onde está de visita, que espera que os países latino-americanos e a Rússia cumpram com a lei e extraditem Snowden.

Em 9 de junho, Snowden revelou ao jornal britânico "The Guardian" e ao americano "The Washington Post" que a NSA e o FBI têm acesso a milhões de registros telefônicos amparados pela Lei Patriota, aprovada após os atentados do 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Posteriormente, esses jornais revelaram um programa secreto conhecido como PRISM, que permite que a NSA ingresse diretamente nos servidores de nove das maiores empresas de internet americanas, como Google, Facebook, Microsoft e Apple, para espionar contatos no exterior de suspeitos de terrorismo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEdward SnowdenEquadorEspionagemJulian AssangePersonalidadesPrismWikiLeaks

Mais de Mundo

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz