Mundo

Islandeses decidirão em referendo reembolso da dívida de banco

Quebra do banco Icesave deixou uma dívida bilionária com Holanda e Reino Unido; acordo anterior já foi rejeitado pelos islandeses

Manifestação em Reykjavik contra o banco: país deve € 3,9 bilhões (Halldor Kolbeins)

Manifestação em Reykjavik contra o banco: país deve € 3,9 bilhões (Halldor Kolbeins)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 17h45.

Reykjavik - Em torno de 230.000 islandeses foram convocados para se pronunciar no sábado no referendo sobre um novo acordo relativo ao Icesave, o banco cuja quebra em 2008 afetou centenas de milhares de poupadores britânicos e holandeses.

Esse acordo, fruto de difíceis negociações entre os governos de Islândia, Grã-Bretanha e Holanda, prevê o reembolso de 3,9 bilhões de euros (em torno de 5,575 bilhões de dólares) às vítimas da falência.

Um primeiro projeto, mais desfavorável para a Islândia, já foi amplamente rejeitado em referendo por 93% dos islandeses, que votaram "não" há um ano.

As pesquisas, que nas últimas semanas davam como vencedor o "sim", na quinta-feira situavam o "não" na liderança, com 54,8%. Uma cifra marcada por uma importante margem de incerteza.

O novo acordo, mais favorável que o de 2010, permite à Islândia realizar os pagamentos escalonadamente até 2046, a uma taxa de juros de 3% para os 1,3 bilhão de euros que correspondem a Haia e de 3,3% para os 2,6 bilhões de euros devidos a Londres.

Com base na população dessa ilha do Atlântico norte, o acordo representa cerca de 12.200 euros (em torno de 17.500 dólares) por pessoa, sem juros. Mas a Islândia espera reembolsar uma grande parte com os ativos do banco quebrado Landsbanki, proprietário do Icesave, o que poderia reduzir a fatura.

Acompanhe tudo sobre:Dívidas empresariaisEuropaIslândiaPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia