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Situação da fome no mundo é alarmante e dramática, diz FAO

Para os especialistas, a situação se agrava com o crescimento da população mundial e a elevação constante dos preços dos alimentos

Criança subnutrida na África: no período de 2005 a 2008, os preços dos alimentos atingiram o nível mais elevado dos últimos 30 anos (Mustafa Abdi/AFP)

Criança subnutrida na África: no período de 2005 a 2008, os preços dos alimentos atingiram o nível mais elevado dos últimos 30 anos (Mustafa Abdi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 14h10.

Brasília – Representantes da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e do Programa Alimentar Mundial (PAM) advertiram hoje (18) a comunidade internacional sobre a situação da fome no mundo, considerada por eles alarmante e dramática. Para os especialistas, a situação se agrava com o crescimento da população mundial e a elevação constante dos preços dos alimentos. A região que mais sofre no mundo é a conhecida como Chifre da África, onde está a Somália.

“Uma em cada sete pessoas no mundo vai para a cama com fome, na maioria mulheres e crianças”, disse a diretora da representação do PAM em Genebra (Suíça), Lauren Landis, no seminário intitulado Lutar Juntos Contra a Fome. “A fome mata anualmente mais pessoas do que os vírus que transmitem a aids, a malária e a tuberculose”, acrescentou.

No período de 2005 a 2008, os preços dos alimentos atingiram o nível mais elevado dos últimos 30 anos. Os alimentos mais afetados são o milho e o arroz. “A situação assumiu proporções dramáticas a partir de 2008, quando os preços alcançaram um pico histórico e quase duplicaram em um período de três a quatro anos”, disse o diretor da FAO em Genebra, Abdessalam Ould Ahmed.

Ahmed acrescentou ainda que a situação atual é “mais dramática” porque o aumento dos preços dos alimentos ocorre no mesmo momento do agravamento da crise econômica internacional.

Para ele, a elevação dos preços é uma consequência, entre outros fatores, do aumento substancial da população mundial. “Cada ano existem no mundo mais 80 milhões de bocas para alimentar”, disse Ahmed. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa.

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