The Guardian: o jornal publicou no dia 6 um artigo sobre o conflito uigur em Xinjiang, no noroeste da China, um tema delicado para o regime comunista (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 11h14.
Pequim - O site do jornal britânico "The Guardian" foi bloqueado há 24 horas na China, país que desde o ano passado tomou esta medida contra veículos de imprensa críticos com o regime, como o "New York Times" e a agência Bloomberg.
O acesso à web hoje, segundo a Agência Efe comprovou de Pequim e Xangai, não é possível hoje a menos que se utilizem servidores VPN (software especial para visitar páginas censuradas pelo governo chinês).
O próprio jornal britânico denunciou a situação que, de acordo com a matéria, começou nesta terça-feira e assinalou que ignora as causas do bloqueio, já que a China não costuma notificar com adiantamento destas medidas nem esclarecer suas causas.
Perguntada por isso hoje em entrevista coletiva, a porta-voz chinesa do Ministério das Relações Exteriores Hua Chunying rejeitou conhecer o caso.
As páginas do "New York Times" e a agência Bloomberg estão bloqueadas há mais de um ano na China, pelo fato de que publicaram reportagens em que revelavam as fortunas acumuladas secretamente pelas famílias do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao e o presidente Xi Jinping.
"The Guardian" publicou no dia 6 um artigo sobre o conflito uigur em Xinjiang, no noroeste da China, um tema delicado para o regime comunista, embora o jornal afirme que já havia tratado dele sem que isso motivasse bloqueios nas redes chinesas.