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Sírios devem ultrapassar afegãos em número de refugiados

Segundo ONU, país está prestes a ter a maior população de refugiados do mundo

Uma refugiada síria em frente à sua barraca no campo de refugiados Al-Zaatri, em Mafraq (Muhammad Hamed/Reuters)

Uma refugiada síria em frente à sua barraca no campo de refugiados Al-Zaatri, em Mafraq (Muhammad Hamed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 17h34.

Nações Unidas - Os sírios estão prestes a substituir os afegãos como a maior população de refugiados do mundo, fugindo de um conflito onde bombas barril deixam corpos em pedaços e uma geração de crianças com cicatrizes físicas e emocionais, disseram autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse à Assembleia-Geral que o organismo mundial irá fazer de tudo para implementar uma resolução do Conselho de Segurança - adotada no sábado para impulsionar o acesso da ajuda humanitária - e obter ajuda para milhões de pessoas necessitadas.

"Suprimentos estão prontos para entrar em áreas de difícil acesso, e em aldeias e cidades que estão sob cerco", disse Ban. "O que precisamos é a garantia de passagem segura de suprimentos humanitários ao longo das rotas principais." "Cabe ao governo sírio e todas as partes em conflito chegar a esses acordos", disse ele.

Cerca de 9,3 milhões de sírios - quase metade da população do país - precisam de ajuda, disse a ONU, acrescentando que 2,4 milhões dessas pessoas fugiram do território sírio durante a guerra civil que dura quase três anos.

"Cinco anos atrás, a Síria era o segundo país com maior acolhimento de refugiados do mundo. Os sírios estão, agora, prestes a substituir os afegãos como a maior população atual de refugiados em todo o mundo", disse o comissário da ONU para os refugiados, Antonio Guterres.

"Quebra o meu coração ver esta nação que durante décadas acolheu refugiados de outros países, dividida e forçada ao exílio", Guterres disse à Assembleia da ONU, formada por 193 países membros.

A coordenadora de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, disse à Assembleia-Geral que armas imprecisas, principalmente bombas de barril, teriam matado centenas de pessoas só em fevereiro.

Ela acrescentou que entre 15 e 28 dezembro do ano passado "bombas de barril foram lançadas em mais de 12 distritos, explodindo em edifícios residenciais, praças, uma estação de ônibus, uma escola e nas proximidades de hospitais. Isto resultou em perda de vidas humanas".

"Conforme descrito... por uma testemunha após um ataque a uma estação de ônibus, eu cito 'os corpos chegaram em pedaços, havia partes de corpos e partes de veículos pendurados nos fios de energia elétrica'", disse Pillay.

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