Mundo

Sírios ameaçam entregar armas por falta de ajuda contra EIIL

Grupos rebeldes do norte e do leste da Síria ameaçaram abandonar armas se não receberem ajuda para fazer frente aos jihadistas do Estado Islâmico


	Jihadista ligado ao EI: Estado Islâmico se reforçou nas últimas semanas
 (AFP)

Jihadista ligado ao EI: Estado Islâmico se reforçou nas últimas semanas (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 11h13.

Beirute - Os grupos rebeldes do norte e do leste da Síria ameaçaram nesta quarta-feira abandonar as armas se não receberem ajuda da oposição para fazer frente aos jihadistas do Estado Islâmico (EI).

"Nós, os dirigentes das brigadas e batalhões, damos uma semana de prazo à Coalizão Nacional, ao governo provisório e a todos os organismos da revolução síria para enviar reforços e ajuda", afirma o comunicado.

"Se fizerem caso omisso de nosso pedido, vamos depor as armas e enviar e mandar para casa os combatentes", acrescenta o texto.

O comunicado foi divulgado três dias depois que os jihadistas do Estado Islâmico (EI) proclamaram um califado, um sistema de governo islâmico abolido há quase um século.

Este grupo opera no Iraque e na Síria.

Os movimentos que assinaram o comunicado são grupos rebeldes locais posicionados em regiões onde os combates contra o EI causam muitos estragos, principalmente em Deir Ezor (leste, fronteira com o Iraque), Alepo e Raqa (norte).

"Nossa revolução popular (contra o regime de Bashar al-Assad) se encontra hoje ameaçada pelo EI, especialmente depois do anúncio do califado", afirma ainda a nota.

No início de sua luta contra Assad, os rebeldes sírios acolheram em suas fileiras o EI, conhecido até pouco tempo como Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), mas logo se voltaram contra eles devido a seus métodos e ambições hegemônicas.

O EI se reforçou nas últimas semanas com uma ofensiva no vizinho Iraque, apoderando-se de cidades e regiões.

Acompanhe tudo sobre:ArmasEstado IslâmicoIraqueIslamismoSíriaSunitasViolência política

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA