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Síria vive manifestações noturnas e prisões prosseguem

Segundo a oposição, manifestantes rejeitam qualquer diálogo com o poder

Protestos na Síria: manifestantes pedem democracia e fim do regime de Assad (AFP)

Protestos na Síria: manifestantes pedem democracia e fim do regime de Assad (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 13h06.

Nicosia, Chipre - Militantes pró-democracia organizaram várias manifestações na madrugada desta terça-feira na Síria para pedir a queda do presidente Bashar Al Assad, informou o chefe do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Abdel Rahman.

"Milhares de manifestantes desfilaram em Homs (centro), entre 7.000 e 10.000 pessoas protestaram em Hama (norte), entre 5.000 e 7.000 em Deir Ezzor (noroeste) e eram mais de 2.000 em Idleb (noroeste)", afirmou o militante.

Os manifestantes também desfilaram nas cidades litorâneas de Jable e de Latakia, assim como nos bairros de Qabum e Barzé, na capital.

"Todos rejeitam qualquer diálogo com o poder", afirmou o militante.

Abdel-Rahman também falou de prisões de manifestantes pelas forças de segurança em Rukn Edin e Barze, em Damasco, em Idleb, assim como no povoado de Al Najia, fronteira com a Turquia.

Dissidentes sírios pediram na segunda-feira por democracia e pelo fim pacífico do regime de Bashar al-Assad em um encontro do qual mais de 100 pessoas participaram, incluindo ex-presos políticos.

As autoridades sírias, paralelamente, convidaram a oposição a uma reunião em 10 de julho para discutir mudanças-chave na Constituição e para conter a onda de protestos que causaram confrontos entre manifestantes e as forças de segurança desde meados de março.

Líderes da oposição, todos independentes de partidos, reuniram-se em um hotel em Damasco para discutir um jeito de sair da crise em um evento público segundo eles sem precedentes em cinco décadas de regime do Baath.

Anwar Bunni, um proeminente advogado que ficou preso por cinco anos, disse que esta foi a primeira vez que "um encontro deste tipo em um lugar público é anunciado com antecedência".

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede em Londres, informou que 1.342 civis morreram desde o início dos protestos, além de 342 oficiais das forças de segurança.

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