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Síria: tropas de Assad bombardeiam oleoduto em Homs

Desde o início dos protestos, mais de 5.400 pessoas morreram, segundo os dados da ONU divulgados em janeiro

Forças da ditadura na Síria bombardeiam intensamente nesta quarta-feira a cidade de Hama (AFP)

Forças da ditadura na Síria bombardeiam intensamente nesta quarta-feira a cidade de Hama (AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h41.

Cairo - As forças do regime de Bashar al-Assad bombardeiam intensamente nesta quarta-feira a cidade síria de Hama, objeto de um assédio, enquanto os ataques do Exército em Homs alcançaram um oleoduto que passa pelo bairro de Bab Amro.

Os opositores Comitês de Coordenação Local informaram que Hama está completamente cercada e isolada, já que todas as comunicações estão cortadas.

O grupo destacou que os seguidores do regime invadiram os bairros de Al Hamidoiyah, Al Sharqiyah e Al Manaj, enquanto os distritos de Al Arbin, Al Amiriya, Al Faraiya e Al Eliliat, entre outros, estão sendo bombardeados de forma intensa.

Por sua parte, a Comissão Geral da Revolução Síria apontou que os ataques do Exército em Homs, no centro do país, atingiram um oleoduto que passa pelo bairro de Bab Amro, o mais castigado da cidade, e que colunas de fumaça podem ser vistas.

Os bombardeios também continuam na zona de Karam al Zeitun, em Homs.

A mesma organização destacou que em Barze, nos arredores de Damasco, os efetivos governamentais fecharam os acessos para lançar uma ampla operação de registros.

Estas informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime sírio aos jornalistas.

A Assembleia Geral da ONU votará na quinta-feira um projeto de resolução preparado por Arábia Saudita e Catar que condena a repressão exercida pelo Governo da Síria e que respalda os planos de transição da Liga Árabe.

O texto, que condena as violações 'sistemáticas' de direitos humanos na Síria e exige ao Governo de Assad que detenha 'de forma imediata' os ataques contra a população civil, será votado no plenário da Assembleia às 18h de quinta-feira (horário de Brasília).

A votação na Assembleia Geral, onde não existe o poder de veto mas cujas resoluções são mais bem simbólicas por se tratar de um órgão consultivo, acontece depois de Rússia e China terem vetado no Conselho de Segurança uma resolução de condenação contra o regime sírio em 4 de fevereiro.

Desde o início dos protestos, mais de 5.400 pessoas morreram, segundo os dados da ONU divulgados em janeiro, embora a oposição síria fale em mais de 6 mil vítimas civis.

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