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Síria se prepara para uma nova jornada de protestos

Opositores querem reformas políticas, após dezenas de mortes no regime Bashar al-Assad

Os protestos querem derrubar o estado de emergência, vigente desde 1962 (David Silverman/Getty Images)

Os protestos querem derrubar o estado de emergência, vigente desde 1962 (David Silverman/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2011 às 09h19.

Damasco - Síria se prepara nesta sexta-feira para novos protestos políticos convocados por grupos da oposição em diferentes pontos do país para pressionar em favor de reformas políticas, que nos últimos dias causaram dezenas de mortos.

Espera-se que os focos mais conflituosos aconteçam na cidade de Deraa, a cerca de 100 quilômetros ao sul de Damasco, perto da fronteira com a Jordânia, e também o bairro velho da capital síria.

A jornada, chamada Dia da Dignidade pelos grupos convocantes dos protestos, se desenvolve apesar de o regime de Bashar al-Assad ter aceitado algumas das reivindicações, incluindo a promessa de derrogar o estado de emergência, vigente desde 1962.

Além disso, a agência oficial síria, "Sana", anunciou na quinta-feira à noite que "todos os detidos" que foram detidos nos últimos dias por estes protestos públicos ficaram em liberdade, a partir de ordens dadas pelo presidente.

A informação oficial, no entanto, não deu detalhes sobre o número de detidos.

O anúncio da libertação dos detidos se conheceu pouco depois que a conselheira presidencial Buzeina Shaaban anunciou que o Governo de Damasco está estudando as reivindicações "legítimas" do povo.

Buzeina acrescentou que vai ser formada uma comissão para investigar o sucedido em Deraa e que terá como missão entrar em contato com os habitantes dessa cidade para "determinar responsabilidades e castigar os responsáveis de negligência".

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