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Síria se desfez de menos de 5% de suas armas químicas

Segundo fontes, país perderá o prazo da semana que vem para enviar todos seus agentes químicos ao exterior para destruição

Soldados da Noruega vigiam o cargueiro norueguês Taiko, que irá transportar o arsenal químico da Síria, em Limassol (Lars Magne Hovtun/Norwegian Armed Forces/Divulgação via Reuters)

Soldados da Noruega vigiam o cargueiro norueguês Taiko, que irá transportar o arsenal químico da Síria, em Limassol (Lars Magne Hovtun/Norwegian Armed Forces/Divulgação via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 15h35.

Amsterdã - A Síria se desfez de menos de 5 por cento de seu arsenal de armas químicas, e perderá o prazo da semana que vem para enviar todos seus agentes químicos ao exterior para destruição, disseram fontes familiares com o tema nesta quarta-feira.

As entregas deste mês, em dois carregamentos ao porto de Latakia, no norte sírio, totalizaram 4,1 por cento dos cerca de 1.300 toneladas de agentes tóxicos relatados por Damasco à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), informaram as fontes, que falaram sob condição de anonimato.

"Não é suficiente e não há sinal de mais", disse uma fonte sobre a situação.

A operação, que conta com apoio internacional e é acompanhada por uma missão conjunta da Opaq e das Nações Unidas, está de seis a oito semanas atrasada. Damasco precisa mostrar que as intenções de abdicar de suas armas químicas ainda são sérias, disseram as fontes à Reuters.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou em um relatório ao Conselho de Segurança nesta semana que os carregamentos foram desnecessariamente atrasados e exortou o governo do presidente Bashar al-Assad a acelerar o processo.

Esta é a mensagem que será comunicada ao representante da Síria na Opaq durante a reunião do conselho executivo na quinta-feira em Haia, segundo as fontes ouvidas.

Mediante o acordo feito entre Rússia e Estados Unidos após um ataque com gás sarin em 21 de agosto, a Síria prometeu entregar seu estoque completo até meados de 2014. Os ataques com foguetes nas cercanias de Damasco mataram milhares, incluindo mulheres e crianças.

A Síria, onde uma guerra civil já matou mais de 100 mil pessoas e forçou milhões a fugir, culpou os obstáculos de segurança pelos atrasos, dizendo que a missão não pode ser realizada seguramente a menos que receba veículos blindados e equipamento de comunicação.

Uma fonte informada da situação disse: "Sim, é verdade que há uma guerra, mas já se ouviu falar de uma guerra civil sem problemas de segurança? Eles têm todos os meios necessários para o transporte. Agora precisam começar a enviar os agentes químicos para fora".

Erradicar o estoque de armas químicas sírio, incluindo gás sarin, mostarda e VX, exige grandes fundos e apoio logístico estrangeiros.

A maior parte das substâncias tóxicas devem ser destruídas no Cape Ray, um navio de carga dos EUA atualmente a caminho do Mediterrâneo, que será carregado em um porto italiano. O restante irá para várias instalações comerciais de processamento de dejetos, algumas delas na Grã-Bretanha e na Alemanha.

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