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Síria rejeita interferência em assuntos internos

Segundo o ministro sírio das Relações Exteriores, ninguém do exterior deve impor seu ponto de vista ao país

Walid Muallem: a Síria considera as sanções da União Europeia uma "guerra" (Louai Beshara/AFP)

Walid Muallem: a Síria considera as sanções da União Europeia uma "guerra" (Louai Beshara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 10h08.

Damasco - A Síria, que enfrenta uma onda de protestos violentamente reprimidos pelo regime do presidente Bashar al-Assad, rejeita qualquer interferência em seus assuntos internos, declarou nesta quarta-feira o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem.

"Rejeitamos qualquer interferência estrangeira. Nós podemos chegar a pontos em comum, apesar das diferenças de pontos de vista. Ninguém do exterior deve nos impor seu ponto de vista", declarou o chanceler sírio em uma entrevista coletiva em Damasco.

A Síria considera as sanções da União Europeia (UE) uma "guerra", destacou o ministro das Relações Exteriores, que indicou que o país examia a possibilidade de suspender sua participação na União pelo Mediterrâneo.

Além disso, Muallem destacou que a Síria deseja as melhores relações com a Turquia e espera que o governo de Ancara "reexamine sua posição" a respeito do regime do presidente Bashar al-Assad.

"Estamos voltados para as melhores relações com quem compartilhamos mais de 850 km de fronteira", disse o ministro sírio.

"Não queremos destruir os anos de esforços dedicados a estabelecer relações privilegiadas. Desejo que reexaminem sua posição", completou Muallem.

O chanceler sírio também aproveitou a entrevista para negar que o Irã e o Hezbollah libanês tenham participação na repressão das manifestações na Síria.

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