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Síria reinicia retirada de moradores de cidades sitiadas

O processo foi retomado nesta quarta-feira sob rígidas medidas de segurança após um atentado que deixou mais de 100 mortos

Síria: com a retirada desta quarta-feira chega ao fim a primeira etapa do processo de evacuação (Ammar Abdullah/Reuters)

Síria: com a retirada desta quarta-feira chega ao fim a primeira etapa do processo de evacuação (Ammar Abdullah/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de abril de 2017 às 11h50.

A evacuação de várias cidades sitiadas na Síria foi retomada nesta quarta-feira, após uma interrupção de vários dias em consequência de um atentado que deixou mais de 100 mortos.

"O processo recomeçou com 3.000 pessoas de Fua e Kafraya (cidades leais ao governo sírio), retiradas durante o amanhecer, e quase 300 de Zabadani e outras duas localidades rebeldes", confirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Dez ônibus procedentes de Fua e Kafraya chegaram às 4H00 locais (22H00 de Brasília, terça-feira) a Rachidin, subúrbio rebelde de Aleppo, utilizado como zona de trânsito na primeira operação de retirada.

A operação foi interrompida depois do violento atentado contra um comboio de ônibus que deixou pelo menos 126 mortos, incluindo 68 crianças, procedentes das localidades de Fua e Kafraya.

O processo foi retomado nesta quarta-feira sob rígidas medidas de segurança, com dezenas de combatentes rebeldes protegendo os ônibus.

A retirada dos moradores havia começado na sexta-feira passada, após um acordo mediado pelo Catar, que apoia os rebeldes, e o Irã, aliado do regime do presidente sírio Bashar al-Assad.

Quase 5.000 civis e militares leais ao governo deixaram as cidades de Fua e Kafraya, ao mesmo tempo que 2.200 civis e combatentes abandonaram Zabadani e Madaya, duas localidades rebeldes próximas a Damasco.

Com a retirada desta quarta-feira chega ao fim a primeira etapa do processo de evacuação. A segunda fase deve acontecer dentro de dois meses, estipula o acordo.

Desde 2011, a guerra na Síria deixou mais de 320.000 mortos, além de milhões de deslocados e refugiados.

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