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ONU adverte que crimes de guerra não serão anistiados

“Temos uma posição de princípio de que nenhuma anistia deve ser considerada para os suspeitos de crimes contra a humanidade ou de guerra”, disse al-Hussein


	Zeid R'ad al-Hussein, Chefe de Direitos Humanos da ONU: “Temos uma posição de princípio na ONU de que nenhuma anistia deve ser considerada para os suspeitos de crimes contra a humanidade ou crimes de guerra”
 (Reprodução ONU)

Zeid R'ad al-Hussein, Chefe de Direitos Humanos da ONU: “Temos uma posição de princípio na ONU de que nenhuma anistia deve ser considerada para os suspeitos de crimes contra a humanidade ou crimes de guerra” (Reprodução ONU)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 13h21.

O Alto-Comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein, advertiu hoje (1º) que a anistia aos responsáveis por crimes de guerra ou crimes contra a humanidade é inadimissível. As delcarações foram dadas em Genebra, onde ocorrem negociações sobre a guerra na Síria.

“Temos uma posição de princípio na ONU de que nenhuma anistia deve ser considerada para os suspeitos de crimes contra a humanidade ou crimes de guerra”, disse al-Hussein.

“Em determinadas circunstâncias, quando se procura encerrar um conflito, pensa-se em anistias e há muitas discussões em muitos contextos sobre isso. No caso da Síria, estamos aqui para recordar a todos que, quando as alegações atingem o nível de crimes de guerra ou crimes contra a humanidade, as anistias não são admissíveis”, disse.

O Alto-Comissário frisou que as negociações em Genebra, entre o regime sírio e a oposição, devem avançar e garantir rapidamente o fim da violência.

“Naturalmente, depois de cinco anos deste terrível espetáculo em que o povo sírio é sujeito a execuções públicas, esperamos que as negociações mediadas por Staffan de Mistura [o enviado especial da ONU à Síria] levem ao fim de todos esses horríveis abusos, abusos dos direitos humanos e violações da lei humanitária internacional”, disse.

Zeid Ra’ad al-Hussein mencionou especificamente a situação na cidade sitiada de Madaya, onde, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), pelo menos 46 pessoas morreram de fome desde dezembro. “Claramente, quando olhamos para a fome em Madaya e sabendo que há mais 15 cidades sitiadas, isto não é apenas um crime de guerra, é um crime contra a humanidade”, disse.

O Alto-Comissário também citou a detenção arbitrária de dezenas de milhares de pessoas, frisando a necessidade de serem rapidamente libertadas.

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